O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse estar convencido de que a crise no Senado em razão dos processos contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) não vai atrapalhar a votação das duas propostas apresentadas hoje ao Congresso: o projeto da Lei do Orçamento da União para 2008 e o Plano Plurianual (PPA) de investimentos para o período de 2008 a 2011. "O Congresso vive democraticamente os debates internos, suas desavenças políticas – às vezes, ideológicas, às vezes, não -, mas temos sempre conseguido aprovar os nossos projetos", declarou o ministro.
"Evidentemente, vamos ter de fazer um trabalho de diálogo (no Congresso), mas o País precisa ter um Orçamento aprovado", observou Bernardo. Ele informou que o Plano Plurianual terá como prioridade o setor de educação e a distribuição de renda. E confirmou que o orçamento para 2008 aumenta em mais de R$ 4,7 bilhões os investimentos na área social. Sua estimativa é a de que só a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Desvinculação de Receitas da União (DRU) renderão à União uma arrecadação de R$ 88 bilhões.