O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), afirmou nesta quinta-feira, 22, durante evento do BTG Pactual, que o novo Congresso, que toma posse em 2019, vai ser melhor para aprovação de reformas. O parlamentar, porém, afirmou que seu partido não indicou nomes para o governo de Jair Bolsonaro (PSL) e “não tem nenhum ministério no governo”.

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“O DEM não é um partido que faz parte da base de Bolsonaro”, reforçou o parlamentar ao ser perguntado sobre os três ministros do partido que farão parte do próximo governo. Maia disse que a decisão do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi uma escolha pessoal dele; a futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi indicada pelo deputado Alceu Moreira (MDB-RS) da bancada ruralista e Luiz Henrique Mandetta (Saúde) foi indicação da bancada da saúde.

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“O presidente está no caminho certo, tem que montar o governo com quem acha melhor”, disse ao ser questionado sobre a decisão de Jair Bolsonaro de não negociar com partidos para nomear ministros e cargos nos escalões do governo. “Não vejo problemas em construir governo sem dialogar com partidos.”

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Já para aprovar as reformas, Maia ressalta que Bolsonaro vai precisar dialogar com os parlamentares. “Na relação com o Legislativo, diálogo com partidos é importante”, disse Maia. O deputado afirmou que tem melhorado na população o entendimento da necessidade da reforma da Previdência. Após estas medidas, ele defende que se avance na reforma tributária, para que o sistema de impostos brasileiro fique menos complexo.

Sobre como deve se comportar a oposição a Bolsonaro, Maia disse acreditar que partidos como PSB, PDT e PCdoB vão querer dialogar, mas ele preferiu não falar sobre o que esperar do PT no próximo governo. Ainda no evento, Maia defendeu a venda dos apartamentos funcionais dos parlamentares.