Segundo lideranças do PT do Paraná, o possível anúncio de desfiliação voluntária do senador Flávio Arns vai chegar com atraso, pois sua relação com o partido estaria desgastada. Nas eleições de 2006, ele foi candidato ao governo do Paraná, mas não recebeu apoio integral. No ano passado, não se engajou na campanha à prefeitura de Curitiba da atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Os líderes entendem que, por não demonstrar engajamento político-partidário no Estado, dificilmente alguém seguirá seu exemplo.

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Gleisi acentuou que a decisão de Arns foi “coerente” com o que ele vinha dizendo há alguns anos. “Ele já se mostrava insatisfeito, tinha críticas e externava, agora tomou uma atitude que eu respeito”, disse. O secretário-geral do PT paranaense, Florisvaldo de Souza, foi mais duro. “A decisão do senador demonstra um oportunismo”, afirmou. “Ele vinha manifestando intenção de sair e agora, em função da disputa política, achou um palanque e microfone para se pronunciar”, criticou.

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