Para a maioria dos leitores do Paraná-Online que participaram de enquete na editoria “Política”, Maurício Requião só foi eleito para o Tribunal de Contas do Estado por ser irmão do atual governador, Roberto Requião.
A pergunta foi: “O que você pensa sobre a nomeação de Maurício Requião para o Tribunal de Contas?”. A opção “É a pessoa mais qualificada para o cargo” teve 154 votos, contra 157 da opção “Prefiro esperar para ver sua atuação”. Mas, com ampla vantagem, a opção “Só foi eleito por ser irmão do governador” ganhou com 1.329 votos.
Maurício Requião foi eleito para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado no dia 9 de julho, após votação aberta na Assembléia Legislativa do Paraná. Nove deputados se abstiveram, os outros 43 votantes optaram por Maurício.
No dia 21, o juiz da 3.ª Vara da Fazenda Pública, Marcelo Teixeira Augusto, proibiu Maurício Requião de julgar contas municipais ou estaduais, suspendendo os efeitos do ato da eleição.
Dois dias depois, o juiz Adalberto Jorge Xisto Pereira, do Tribunal de Justiça do Paraná, concedeu liminar restabelecendo as funções no cargo de conselheiro do TCE do irmão do governador.
Porém, no último dia 25, todos os efeitos decorrentes da posse foram suspensos novamente e, enquanto não for julgada a legitimidade da eleição, Maurício não pode atuar no cargo, nem receber salário.
O resultado da enquete do Paraná-Online corrobora as críticas feitas à eleição de Maurício Requião pelos colunistas Fábio Campana e ET Cetera, ambos publicados nos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná e também nesta página.
