O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou na manhã desta terça-feira, 25, que é preciso dar um “desconto” nas declarações do aliado e presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista acusou na segunda-feira, 24, a Polícia Federal de ter se valido de “métodos fascistas” na ação que levou à prisão na sexta-feira, 21, quatro policiais legislativos da Casa, chamou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de “chefete de polícia” e ainda classificou o juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela operação contra o Senado, de “juizeco”.
Jucá preferiu não comentar a fala desta manhã da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, que, sem citar nominalmente Renan, rebateu o posicionamento dele sobre o juiz responsável pela operação no Senado. “Onde juiz for destratado, eu também sou”, declarou Cármen, durante sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O presidente do PMDB adotou o discurso dos panos quentes. “Tem que dar um desconto para a colocação do Renan, porque houve um desrespeito com o Senado. Num momento de afirmação, a colocação (de Renan) foi agressiva, como foi agressiva a medida que foi tomada”, disse Jucá ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real do Grupo Estado.
Para Jucá, o fato já “passou” e é preciso olhar para a frente a fim de se construir um equilíbrio institucional. “Não adianta estar revendo situações para tentar criar desacertos, tem de criar harmonia. O momento é de dificuldade no Brasil e tem de criar harmonia e tranquilidade”, insistiu.