O presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), classificou nesta segunda-feira, 9, de “esdrúxula” a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação dos deputados que aprovaram em plenário, no último dia 17 de abril, a admissão do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Romero Jucá, que esteve mais cedo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), destacou que o rito do impedimento tem sido “completamente constitucional, legal e equilibrado politicamente”. “É uma decisão esdrúxula (a do Waldir Maranhão). Não é uma patetada de alguém que vamos ter que mudar o rito”, criticou.
Em tom de ironia, o senador afirmou que a “grande dúvida” é saber se existe um ou três patetas envolvidos na decisão de mais cedo. Embora não tenha nominado, ele estaria se referindo indiretamente ao próprio Maranhão e ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pelo recurso, e ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que admitiu ter costurado o teor da decisão com o presidente interino da Câmara.
“O ato da Câmara foi juridicamente perfeito e foi acompanhado em todos os momentos pelo Supremo Tribunal Federal”, reforçou Jucá, cotado para assumir o Ministério do Planejamento em um eventual governo Michel Temer.