Para Greca, PMDB do Paraná saiu perdendo nas eleições

O deputado Rafael Greca (PMDB) fez ontem, na tribuna da Assembléia Legislativa, uma análise pouco otimista do desempenho de seu partido nas últimas eleições.

“Sem candidato na capital do Estado, absorvido pelo que Lina Faria chamou carinhosamente de “o PT blue”, gerido pelos sem voto, o grande partido viu reduzirem-se suas sedes municipais e diminuírem suas cadeiras no poder”.

Além disso, fez críticas severas à posição do secretário do Emprego e Ação Social, Roque Zimmermann (PT), ao tentar responsabilizar o governo Jaime Lerner pelas mortes dos sete menores internados no Educandário São Francisco, há duas semanas.

“Já temos quase dois anos de uma nova gestão. se havia algo errado no educandário, era mais do que tempo do padre Roque haver feito as correções necessárias. É uma grande hipocrisia tentar repassar as responsabilidades”.

Sobrou até para o delegado que fez a prisão da cafetina Mirlei de Oliveira, Silvan Rodney Pereira, do 1.º Distrito Policial. Greca repetiu em plenário acusação feita pelo advogado de Mirlei, de que o delegado se apossou de suas agendas para montar um novo bordel.

Encolheu

Greca prosseguiu sua análise eleitoral observando que o partido do governador do Estado fez apenas 120 prefeituras, em pequenas cidades do Paraná e a bancada municipal do PMDB em Curitiba encolheu: “A bancada da coligação Tá na Hora deixou insatisfeitos persas, gregos, romanos e troianos, isto petebeus, pemedebeus, pecebeus e peteus. E o candidato oficial tirou segundo lugar no primeiro turno, embora eternamente louvado e vitorioso no camarada Ibope e nas pesquisas domésticas palacianas, do instituto de dona Márcia Mello e Silva”.

“Derrotado em Foz, Cascavel, Maringá, Londrina, na maioria das cidades da região metropolitana onde a ausência do “15” nos vídeos na campanha para prefeito da capital foi fatal – restou ao PMDB a consolação dos pequenos e valorosos companheiros do interior do Estado”, destacou, ajuntando que “partidos políticos, e o PPS de Rubens Bueno nos ensina isso, só crescem quando disputam as eleições com chapa completa. O 23 na telinha fez 5 prefeituras na região metropolitana. Para alianças de governabilidade e os conchavos de acomodação, ou da preferência dos poderosos de ocasião, existe o segundo turno eleitoral. Resta que dirigentes e poderosos saibam entender a lição das urnas, munam-se do espelho da prudência, e olhando no retovisor da última eleição, triste episódio de cortar a cabeça do partido em Curitiba, jamais repitam o fato. Peixe sem cabeça, mesmo pançudo de riquíssima farofa de poder, acaba frito na panela adversária”, concluiu.

Quando os jornalistas indagaram ao ex-prefeito se ele vai apoiar alguém no segundo turno, ele respondeu não saber, “até porque já foi o tempo em que apoio influenciava o eleitor. Ele agora está maduro para votar por sua própria decisão”. Mas mandou um recado para o candidato do PSDB, Beto Richa: “Que se apresente sozinho na segunda etapa desta eleição, sem nenhum cacique. A força está na novidade, e não em buscar apoio de gente conhecida”.

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