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Para Fabrício, rejeição das contas de Eduardo Requião justifica CPI

O deputado estadual Douglas Fabrício (PPS), presidente da CPI dos Portos, disse nesta sexta-feira (10), em Campo Mourão, que decisão do Tribunal de Contas do Estado que determinou que Eduardo Requião, ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), devolva R$ 11,3 milhões aos cofres públicos, reforça a necessidade do poder legislativo de apurar as denúncias de irregularidades no Porto. Fabrício incluiu as contas de 2004 do Porto na pauta de itens a serem investigados pela comissão. 

Nesta quinta-feira, o TC reprovou as contas da Appa, relativas ao exercício de 2004. A Sessão Plenária, por quatro votos a dois, apontou cinco irregularidades graves durante a gestão de Eduardo Requião de Mello e Silva. Entre os motivos que levaram à desaprovação das contas da Appa está o pagamento feito à empresa Bandeirantes pelo serviço de dragagem. Ao todo, foram 57 denúncias.  

“A CPI não vai fazer uma caça as bruxas e nem pretende perseguir ninguém. O que queremos fazer é um trabalho sério e investigar os problemas que tanto a Polícia Federal e agora o Tribunal de Contas estão denunciando. Mas não há dúvidas de que este fato é grave e precisa ser averiguado sob lupa”, explicou Douglas, que preside a CPI. 

Na manhã da próxima terça-feira (14) os integrantes da comissão vão se reunir com integrantes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas do Estado. A Meta é estabelecer com os órgãos federais uma força tarefa para que denúncias que não foram apuradas nas operações “Dallas” e “Águas Sujas” passem a fazer parte do inquérito. Já no Tribunal de Contas do Estado os deputados vão pedir que uma equipe de técnicos acompanhe e subsidie os trabalhos da CPI.  

Douglas ressaltou que, mais do que apontar as possíveis irregularidades cometidas durante as gestões passadas, a CPI vai propor mudanças na gestão dos portos para os problemas não ocorram no futuro. “Estamos falando do maior porto graneleiro do país. Se houve irregularidades, elas não prejudicaram apenas o Paraná, mas também o Brasil e até países vizinhos como o Paraguai e a Argentina, que exportam a produção de soja por aqui. Portanto, a nossa missão é sim apontar as falhas, mas também indicar soluções”, defendeu.

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