A presidente Dilma Rousseff afirmou há pouco que comparar os compromissos assumidos neste final de semana pelo candidato do PSDB, Aécio Neves, com a Carta ao Povo Brasileiro assinada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, é “infeliz” e “desproporcional”.

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Aécio acolheu bandeiras defendidas pela presidenciável derrotada Marina Silva (PSB), numa forma de garantir o apoio da ex-ministra. Marina comparou o gesto de Aécio à carta na qual Lula se comprometeu com a estabilidade do País e prometeu manter os pilares macroeconômicos adotados por ser antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“É tão desproporcional a comparação entre um líder político do porte do Lula e o candidato meu adversário”, reagiu Dilma. “Seja pela trajetória política, pelas convicções, ou pelo que realizaram”, emendou.

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Dilma alegou que os oito anos do governo Lula foram marcados por crescimento, geração de emprego e investimentos em educação e saúde. De acordo com Dilma, Aécio deixou Minas Gerais (Estado que administrou entre 2002 e 2010) “com uma dívida monstruosa”. “(Minas) está entre os mais endividados do Brasil”, disparou a petista.

A presidente alegou ainda que o tucano não investiu na saúde e na educação mínimos exigidos em lei. De acordo com ela, Aécio deixou Minas “devendo na saúde R$ 7,6 bilhões” e “R$ 8 bilhões na educação”.

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“A diferença de R$ 7,6 bilhões e R$ 8 bilhões se deve a não investimentos adequados”, afirmou. “No período tanto do governo Aécio Neves quanto do (Antonio) Anastasia”, concluiu, referindo-se ao sucessor de Aécio no governo de Minas e aliado do candidato tucano ao Planalto.