Para Costa, relatoria do caso Demóstenes é ‘missão’

O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou nesta quinta que considera como uma “missão” ter sido sorteado relator do processo de quebra de decoro parlamentar aberto no Conselho de Ética contra o colega Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de envolvimento com o empresário do ramo de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Costa aceitou o encargo após cinco senadores terem recusado a escolha sob a alegação de foro íntimo.

Em entrevista após a reunião do conselho, o relator preferiu não se pronunciar sobre as suspeitas que envolvem Demóstenes. “Esse tipo de opinião, eu prefiro não emitir. Senão estaria fazendo um prejulgamento”, afirmou. “Eu acho que compromete o trabalho que vou fazer, (dizer) se ele é inocente ou culpado”, ponderou.

Embora tenha avaliado que não é “agradável” julgar a conduta de colegas, Costa afirmou que a tarefa é uma das responsabilidades do cargo de senador. “Eu faço isso como uma missão”, disse.

O relator disse que na próxima reunião do conselho, marcada para a terça-feira da semana que vem, apresentará um plano de trabalho do processo contra Demóstenes. Costa anunciou que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso ao inquérito que investiga o senador goiano para instruir a representação.

O petista acredita que o STF repassará as informações ao conselho, mesmo a Corte tendo recusado anteriormente o envio do caso ao Senado sob a alegação da investigação correr sob segredo de Justiça. “Não acredito que o Supremo vai negar”, afirmou.

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