Em um espaço de uma hora, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) inaugurou duas escolas na manhã desta terça-feira, 27, somando 13 unidades educacionais entregues à população desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, além de três clínicas da família – contabilizadas apenas as inaugurações que tiveram a presença do peemedebista.

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Por causa da eleição, o afilhado político de Paes e candidato do PMDB à prefeitura do Rio, Pedro Paulo, está proibido de participar de inaugurações. À tarde, o prefeito foi para a rua com Pedro Paulo, em caminhada no calçadão de Campo Grande, na zona oeste. No domingo, foi com o afilhado político à Feira de São Cristóvão (zona norte), reduto de nordestinos que vivem no Rio.

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Paes argumenta que não aumentou o ritmo de inaugurações por causa da eleição. Em março, ele inaugurou 15 escolas e uma clinica da família, além de instalações para a Olimpíada.

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Agora, porém, o tema da eleição está presente em cada visita. “Vejo no programa eleitoral todos falando que a gente fez obra demais, que não tem que fazer mais escola, mais BRT (vias expressas), mais nada. É engraçado, eu levo pancada pelas obras que fiz”, discursou o prefeito. As duas inaugurações desta terça foram em Santíssimo, também na zona oeste.

Paes não menciona o nome de Pedro Paulo, mas diz que “ainda há muito a fazer” e cita o caso da falta de médicos especializados nas clínicas da família. “Não vou falar da campanha, mas existe um compromisso de criar as Clínicas de Especialidades”, afirma o prefeito, citando um dos principais pontos do programa de governo do aliado.

“O Pedro é o candidato da continuidade, representa nosso governo, nosso programa, nossos projetos. Se as entregas (de obras) tiverem que reverberar, tem muita entrega para reverberar”, disse Paes à reportagem, quando questionado se espera que as inaugurações tenham impacto na campanha de seu afilhado político.

Nos últimos dias da campanha, cinco candidatos brigam por uma vaga no segundo turno para enfrentar o líder das pesquisas, Marcelo Crivella, candidato do PRB, que tem 29% no Datafolha e 35% no Ibope. Pedro Paulo comemora a subida de dois pontos porcentuais, de 9% para 11%, nas pesquisas do Ibope e do Datafolha.

Pedro Paulo, Eduardo Paes e aliados são os mais contundentes nos ataques a Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, sobrinho do bispo Edir Macedo e, nesta eleição, aliado ao ex-governador Anthony Garotinho, do PR. Mas todos os candidatos correm para chegar ao segundo turno e formar uma frente contra Crivella.

A candidata do PCdoB, Jandira Feghali, que caiu dois pontos porcentuais nas duas pesquisas (de 8% para 6% no Ibope e de 9% para 7% no Datafolha), aponta “manipulação dos números”. O discurso foi adotado por Jandira em comício na noite de segunda-feira, 26, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Bangu, na zona oeste, e repetido nesta terça. “Vão fazer de tudo para nos tirar do segundo turno, manipular números, pesquisas. Nas ruas, nós estamos crescendo”, disse Jandira.

Estabilizado com 9% no Ibope e 10% no Datafolha, Marcelo Freixo, do PSOL, procura se firmar com o candidato da esquerda, apesar da candidatura de Jandira. “A esquerda não está dividida, a esquerda está aqui”, disse Freixo na noite de segunda, em comício com a participação do cantor e compositor Chico Buarque, na Lapa (centro), ao mesmo tempo que Lula pedia votos para Jandira na zona oeste.

Também estão na disputa o candidato do PSD, Indio da Costa (8% no Ibope e 5% no Datafolha), que se apresenta como o “candidato Ficha Limpa”, por ter sido relator do projeto na Câmara dos Deputados, e Flávio Bolsonaro, do PSC, que tem como principal cabo eleitoral o pai, deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), líder conservador com aspiração de disputar a Presidência da República em 2018.

O Datafolha aponta mais um candidato, Carlos Roberto Osório, do PSDB, embolado na disputa pelo segundo lugar, com 6%, dois pontos a mais que na pesquisa anterior. No Ibope, o tucano tem 4%.