O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados dele de mentirem ao dizer que o governo da presidente Dilma Rousseff foi obrigada a se valer das pedaladas fiscais no ano passado para garantir o pagamento de programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

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As manobras de atrasar pagamentos foram condenadas por unanimidade na semana passada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no julgamento das contas do governo da petista de 2014. A oposição pretende usar esse julgamento para pedir a abertura de um processo de impeachment contra Dilma na Câmara.

Aécio disse que o Tesouro Nacional teria recursos para pagar os programas sociais, mas não o fez deliberadamente. “Por quê? Ampliou outros programas com o objetivo eminentemente eleitoral, programas que deixaram de existir – Minha Casa Melhor é um deles, que durou um ano e pouco, logo depois das eleições; ampliou outros programas educacionais que eram importantes, que caíram pela metade, ou tiveram, como no caso do Pronatec, um milhão e meio de vagas suprimidas esse ano, única e exclusivamente para vencer as eleições”, criticou.

Segundo o tucano, o governo transferiu para os bancos públicos responsabilidades que eram do Tesouro, contrariando o que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. Citou ainda que houve a autorização, a partir de novos decretos, de novos gastos que “inflaram artificial e irresponsavelmente outros programas”.

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Em pronunciamentos no plenário durante esta tarde, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), e os senadores petistas Fátima Bezerra (RN), Jorge Viana (AC) e Lindbergh Farias (RJ) se valeram do mesmo argumento de Lula para justificar a não interrupção dos pagamentos dos programas sociais.

“Qual o crime maior? Deixar atrasar o Bolsa Família, o seguro-desemprego, o Minha Casa, Minha Vida, e contar, dentro de um contrato com os bancos públicos, com que eles pudessem fazer uma antecipação, ou simplesmente cumprir o que esse contrato determina? Sem dúvida, o crime maior – se é que houve crime, pois crime não houve – teria sido deixar a população sem ter acesso a programas sociais importantes como esse”, afirmou Humberto Costa.

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