Depois de assumir a relatoria dos processos da Operação Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, vai se mudar para um novo gabinete. Por causa do grande volume de casos investigados, muitos dos quais são processos físicos, Fachin constatou que o espaço do seu atual gabinete não é suficiente para armazenar toda a papelada da Lava Jato.
Fachin deverá se mudar para o gabinete de Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no dia 19 de janeiro. Os dois gabinetes se localizam em um edifício anexo à sede do STF – o de Fachin está no quinto andar; o de Teori, no terceiro.
A efetiva mudança de Fachin para o gabinete de Teori depende apenas de questões administrativas internas da Corte. Todos os ministros do STF despacham no edifício anexo à sede, exceto a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, cujo gabinete se localiza no edifício-sede.
Além da mudança física de gabinete, Fachin decidiu incorporar à sua equipe o juiz auxiliar Paulo Marcos de Farias, que atuou com Teori na análise dos casos da Lava Jato. Uma das preocupações de Fachin é preservar em seu trabalho a “memória” dos trabalhos conduzidos por Teori, de quem era amigo.
Em seu primeiro julgamento na condição de relator dos processos da Lava Jato, Fachin votou na terça-feira, 7, por negar um recurso apresentado pela defesa do ex-assessor do partido progressista João Cláudio Genu, condenado a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa. Por unanimidade, o recurso de Genu foi rejeitado pela Segunda Turma do STF.