O Comitê de Trabalhadores da campanha da petista Dilma Rousseff (PT) no Rio de Janeiro distribui desde a última segunda-feira panfleto com a inscrição “Um Pinóquio chamado José Serra”, em que enumera “as dez mentiras mais escandalosas do candidato de oposição ao Lula”. O mesmo folheto convoca para manifestação em defesa das estatais, marcada para a tarde de amanhã, no centro do Rio de Janeiro.

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A ilustração é uma montagem de Serra com um nariz de Pinóquio. Entre as promessas de Serra que os petistas apontam como falsas estão o aumento do salário mínimo para R$ 600 e reajuste de 10% das aposentadorias e pensões. “Chega a ser uma piada. Nos governos FHC e Serra, o salário mínimo chegou, no máximo, a US$ 70. No governo Lula, o mínimo já passou dos US$ 300”, diz o panfleto, que também aponta como “mentiras” a promessa de combate à corrupção, dar prioridade à educação e não vender o patrimônio público.

O folheto diz que Serra não é o criador dos medicamentos genéricos ou do seguro-desemprego. Lembra, ainda, que o candidato do PSDB havia prometido não deixar a Prefeitura de São Paulo, mas renunciou ao cargo para disputar o governo paulista. A convocação para a manifestação segue a estratégia da campanha petista de vincular o tucano à retomada das privatizações.

A caminhada vai começar na Igreja da Candelária e terminar com um abraço ao prédio sede da Petrobrás, na capital fluminense. Um dos principais focos da campanha de Dilma no segundo turno é questionar o destino da estatal de petróleo no caso de vitória de Serra. Em discursos, Dilma tem dito que o governo Fernando Henrique Cardoso planejava “esquartejar a Petrobrás e vender as partes”.

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A passeata, chamada “O Rio em defesa do emprego, dos direitos, do patrimônio público e da soberania nacional”, é organizada por grupos de funcionários de estatais, servidores federais e petroleiros, entre outras categorias que montaram um comitê de campanha, com sede no centro do Rio.