O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci seguiu a mesma linha de outros petistas em São Paulo e retomou as articulações para a corrida estadual do ano que vem.

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Palocci, que vem mantendo uma postura discreta quando o assunto é a eleição, procurou o Palácio do Planalto recentemente, em busca de um aval para iniciar a montagem de uma candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

O ex-ministro, que meses atrás era o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga, perdeu o posto para o deputado Ciro Gomes (PSB). Num esforço para viabilizar uma eleição plebiscitária entre a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o candidato do PSDB – o governador paulista José Serra ou o mineiro Aécio Neves – Lula convidou Ciro a disputar o governo de São Paulo. Mas a demora do deputado em se mostrar interessado tem levado petistas a retomarem nos bastidores as discussões sobre uma candidatura própria.

Na conversa que teve em Brasília, Palocci ouviu o mesmo recado que vem sendo repassado ao PT: não é ruim que o partido esteja preparado para lançar um candidato, mas a prioridade ainda é convencer Ciro a desistir da disputa presidencial. Também ficou acertado que, provavelmente, nada será decidido antes de março.

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Palocci tem dito ao PT que gostaria de disputar, apesar de evitar se colocar abertamente para a base da sigla como candidato. Ainda assim, ele deixou claro, numa reunião com dirigentes da sigla, que não tem intenção de ser “candidato por W.O.”.

Disse querer tempo para construir a candidatura e afirmou que não vai se lançar em cima da hora, por falta de opção. Por outro lado, ele também se comprometeu a não criar obstáculo ao projeto Ciro.

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Palocci não foi o único a retomar a articulação. Não tão bem colocado na lista de favoritos para o posto, o ministro da Educação, Fernando Haddad, até liberou aliados para colherem assinaturas de apoio ao seu nome.