Palocci espera aval de Lula para assumir candidatura

O deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) já colocou seu nome ao PT para ser um dos candidatos da legenda à sucessão ao governo de São Paulo nas eleições do ano que vem. A definição de sua candidatura depende ainda de uma composição com o PSB na corrida eleitoral à sucessão do governador José Serra (PSDB), que inclui a avaliação do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) como candidato, bem como do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O Palocci colocou o nome à disposição (do PT) para ser candidato, mas quer, evidentemente, construir isso junto com a direção do PT, com o presidente Lula, num processo que não precisa ter pressa”, disse à Agência Estado o presidente estadual do PT, Edinho Silva. O petista admitiu que a definição de Palocci “clareia bastante” o cenário eleitoral e do partido em São Paulo.

Apesar de admitir a possível candidatura, Palocci revelou às lideranças do PT que outros nomes, com o do prefeito de Osasco, Emídio Souza, do ministro da Educação, Fernando Haddad, e do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) também têm potencial para a disputa.

PSB

Mas no PT é certo que se Ciro for mesmo candidato à Presidência da República e se Lula ratificar o nome de Palocci, o ex-ministro deve ser o cabeça de chapa da legenda ao governo de São Paulo, o que deve evitar uma prévia no partido. “Não vai ter prévia no PT, mas vamos esperar o quadro se definir com calma. O PT tem de entender que tem de construir um palanque forte para a (ministra da Casa Civil e pré-candidata a presidente) Dilma (Rousseff) e sem o PSB o palanque fica frágil”, disse. “Temos de construir esse palanque juntos e criar condições para viabilizar também a candidatura ao governo”, completou o presidente do PT.

Com a decisão do Palocci e enquanto aguarda a definição do acordo com PSB, que deve ocorrer apenas no início de outubro – quando terminam os prazos para a mudança dos domicílios eleitorais e das filiações partidárias -, o PT paulista vai iniciar a elaboração do plano de governo. Segundo Edinho, o projeto será realizado a partir de propostas regionais e da bancada estadual do partido.

Já a filiação do vereador paulistano e ex-secretário da Educação de São Paulo, Gabriel Chalita (PSDB) ao PSB é dada como certa pelo PT paulista. Tanto que a direção estadual do partido só espera a oficialização do acordo para conversar com Chalita, cuja intenção é disputar uma vaga ao Senado, numa dobradinha com Aloisio Mercadante (PT-SP), que tenta a reeleição.

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