O novo ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, deu um recado logo no início da cerimônia de posse ocorrida hoje no Palácio do Planalto: seu trabalho será “mais interno”. “A esta Casa Civil, cabe uma ação mais interna com objetivo de servir à presidente nas prioridades e ajuda na coordenação dos programas”, disse durante discurso de posse.
Palocci lembrou que a Casa Civil “não é autônoma com ideias e projetos próprios”. O seu papel, explicou, é apoiar a presidente da República. “O meu esforço será expressar adequadamente o esforço da presidente Dilma”, disse Palocci à plateia enxuta, mas composta por nomes importantes, como diversos ministros – como Miriam Belchior (Planejamento), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Alexandre Padilha (Saúde) e Alexandre Tombini (Banco Central) – além de uma série de empresários, como Roger Agnelli, presidente da Vale, Jorge Gerdau Johannpeter, do Grupo Gerdau, e José Luís Cutrale, presidente da Cutrale, maior fabricante de suco de laranja do País e da região de Ribeirão Preto, berço político de Palocci.
Durante a posse, o novo ministro relatou as atividades que, a partir de agora, deixam de ser responsabilidade da Casa Civil. Para o Planejamento, foi a missão de acompanhar os projetos como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida. “E a ministra Miriam terá apoio integral para esse trabalho”.
Para a Secretaria Geral da Presidência, irá a Secretária de Administração. A vigilância da Amazônia, que também era função da Casa Civil, passa a ser missão do Ministério da Defesa. Por fim, o Arquivo Público Nacional passa às mãos do Ministério da Justiça.
“Com isso, fica a Casa Civil concentrada nas funções originais, com integral dedicação e apoio à presidente da República. O trabalho de assessoramento será baseado nas melhores práticas da administração pública”, disse Palocci, que prometeu aos presentes trabalhar “arduamente”.