Dois anos e meio após a desocupação do Palácio Iguaçu, o governador Roberto Requião (PMDB) assina hoje, durante a Escola de Governo, a ordem de serviço para a reforma da sede oficial do governo do Estado, transferida interinamente para o Palácio das Araucárias desde junho de 2007, quando o Palácio do Iguaçu foi fechado para reforma. A obra, prevista para ser entregue em 30 de outubro, custará R$ 23 milhões.
“A ordem de serviço será assinada durante a Escola de Governo. Vamos resgatar o projeto original do prédio que não foi acabado na sua totalidade por falta de verba na época da sua construção. Teremos um palácio inteiramente novo”, declarou Requião ontem, durante a reunião da Operação Mãos Limpas.
Marco da arquitetura modernista paranaense, o Palácio Iguaçu foi construído em 1953, durante o governo de Bento Munhoz da Rocha Neto e nunca passou por uma reforma significativa.
O cronograma de reforma do Palácio atrasou bastante e o governador Roberto Requião não deverá mais ocupar a sede oficial do governo (se renunciar em abril para disputar as eleições de outubro). O orçamento disponível para a obra, que deveria ser concluída em fevereiro deste ano, também extrapolou os R$ 10 milhões previstos em 2006.
O atraso no cronograma ocorreu por questões burocráticas, como os prazos para as licitações e homologações, mas, também, pelas condições encontradas no prédio após sua desocupação.
Segundo a Secretaria de Obras Públicas, um primeiro trabalho realizado pela própria equipe da autarquia entre junho de 2007 e março de 2008 foi o de identificar as modificações necessárias no prédio.
Foram identificados diversos pontos de infiltração, problemas na parte elétrica e hidráulica e necessidade de adequações às novas exigências de segurança e acessibilidade. Só então o governo abriu licitação para a contratação do projeto. Agora, assinará a execução da obra.
De acordo com o secretário de Obras, Júlio Araújo Filho, as instalações elétricas e hidráulicas serão substituídas e a parte estrutural reforçada. A reforma prevê ainda o resgate do projeto original do prédio, feito pelo arquiteto David Azambuja, que nunca havia sido executado completamente.
O edifício de 15 mil metros quadrados também ganhará novas tecnologias de controle e automação de lógica, Internet sem fio, segurança, proteção contra incêndios, novos sistemas de ar condicionado e novos elevadores.
“É um edifício de 50 anos que nunca passou por uma grande reforma. Nós queremos resgatar sua arquitetura original, porém com toda a tecnologia que encontramos hoje na construção civil. A obra deverá durar nove meses e esperamos entregá-la até o dia 30 de outubro”, disse Araújo Filho.