O Palácio Iguaçu classificou como "oportunista" a iniciativa do presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, de ingressar com representação na Procuradoria Geral da Justiça do Estado contra o governador Roberto Requião (PMDB), acusando-o de prática de nepotismo. Bueno pediu ao Ministério Público Estadual que instaure processo para investigar o governador por contratar familiares para cargos na administração estadual, sem a realização de concurso público.
A assessoria do governador disse que a representação de Bueno nem merecia ser comentada por considerá-la pouco séria e ser característica de candidatos em campanha eleitoral. Bueno é pré-candidato do PPS ao governo do Paraná. Na avaliação do Palácio Iguaçu, o momento que antecede a campanha eleitoral é propício para ações como a de Bueno.
O presidente do PPS fundamentou sua representação em informações publicadas pela revista Exame, em reportagem na qual sustenta que vinte e seis parentes de Requião estão empregados no governo. Bueno afirmou que o governador do Paraná está contrariando a Constituição Federal, que proíbe a prática de nepotismo, e ainda desconsidera a orientação do Conselho Nacional de Justiça, que determinou ao Judiciário a exoneração dos parentes de desembargadores e juízes que ocupavam cargos em comissão.
