O Brasil deve ser eleito hoje para uma vaga de membro temporário do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Será a décima participação do País em sua história e a segunda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que tem como um de seus principais pilares na política externa a busca por um assento permanente no órgão de decisão máxima da ONU. O novo mandato, com início em janeiro, também marcará a primeira vez que o Brasil estará representado por uma mulher, a embaixadora Maria Luiza Viotti.
Com o apoio dos países da América Latina e de língua portuguesa é certa a eleição do Brasil, que concorre sem adversários entre os latino-americanos. As dez vagas do conselho são distribuídas entre as regiões, com alocação de duas para as Américas. O Brasil substituirá a Costa Rica, enquanto México fica até o fim de 2010.
A última vez que o Brasil esteve presente no CS foi em 2004 e 2005, no primeiro mandato de Lula. A política externa do presidente e de seu ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tem buscado elevar a posição internacional do Brasil com ambição de se tornar membro permanente no conselho, ampliando a quantidade de embaixadas e se aproximando de países na Ásia e na África.
Os cinco membros permanentes são os Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França. Com a exceção dos chineses, esses são os vencedores da Segunda Guerra. Todos os cinco têm direito de veto em qualquer resolução no órgão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.