Apesar de ser pessoalmente contrário à liberação dos depósitos judiciais para a quitação das dívidas de governos, o desembargador Luís Paulo Aliende Ribeiro, coordenador da Diretoria de Execução de Precatórios do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), disse que caberá ao tribunal zelar para que os recursos sejam usados exclusivamente para o pagamento de precatórios, até que as dívidas sejam totalmente eliminadas.

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“É uma falácia afirmar que os precatórios são impagáveis”, disse Aliende. “No Estado de São Paulo há cerca de 870 devedores, entre governos, autarquias e estatais. A imensa maioria paga seus precatórios em dia ou está a caminho de regularizar sua situação”, afirmou. Procurado, o governo paulista preferiu não se manifestar sobre os efeitos das novas regras, que exigem o pagamento, até 2020, de todos precatórios em atraso.

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Capital

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Na cidade de São Paulo, o prefeito eleito, João Doria (PSDB), também terá de aumentar os pagamentos com precatórios se quiser zerar a dívida em 2020, e para um patamar ainda maior: cerca de 9% da receita corrente líquida.

Nesse caso, além dos depósitos judiciais, é provável que o município tenha de recorrer a empréstimos. Segundo a assessoria do prefeito eleito, a nova gestão vai avaliar “a pertinência de novos créditos, possivelmente em condições mais favoráveis que os precatórios”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.