A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa vai rever os pagamentos já efetuados aos servidores efetivos e comissionados para cobrir as perdas causadas pela conversão da Unidade de Referência de Valor (URV) para Real, em 1994. Até que os cálculos sejam refeitos, a liberação das demais parcelas, prometidas para os próximos dois anos, está suspensa.

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A nova direção pediu ao Tribunal de Contas que faça um levantamento oficial dos pagamentos já realizados e analise os que estão previstos. Autorizado pela direção anterior da Casa, o pagamento da URV consumiu, até agora, cerca de R$ 20 milhões, informou o 1º secretário, Plauto Miró Guimarães Filho (DEM). “Pelo menos, este foi o valor destinado no orçamento”, observou o 1º secretário.

A decisão foi anunciada pelo 1º secretário e o presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), nesta quinta-feira, durante encontro com os jornalistas que fazem a cobertura política das atividades do Legislativo. “Nós recebemos várias denúncias de que os cálculos não foram corretos. Como temos dúvidas sobre o processo, vamos avaliar”, afirmou Plauto, acrescentando que a Mesa atual não tem noção de quantos e quais foram os servidores beneficiados até agora.

“O processo foi comandado pelos seguranças da Casa”, completou Rossoni, referindo-se ao ex-presidente do Sindicato dos Servidores do Legislativo, Ednilson Ferry, o Toca. Ele atuava como segurança da Casa e organizou o pagamento dos servidores. Foi ele também que comandou o movimento exigindo a manutenção da equipe de segurança, que gerou a ocupação da Assembleia pela Polícia Militar.

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Sem interesse

A Mesa havia convidado a Fundação Getúlio Vargas para efetuar um levantamento completo da área de pessoal e financeira da Casa, mas não recebeu resposta até agora. “Com eles não se manifestaram, pedimos a colaboração do Tribunal de Contas e do Ministério Público Estadual”, justificou Rossoni.

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