O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo do presidente Michel Temer não é contra nenhum movimento no País e que respeita a democracia. Criticado por movimentos populares, o governo enfrenta o desafio de propor um diálogo que convença a população sobre a necessidade de reformas da pauta econômica.
“Ninguém é contra qualquer movimento. A democracia pressupõe que haja dicotomia”, afirmou Padilha, durante discurso em evento sobre infraestrutura na capital paulista. “Aos movimentos que se enquadram dentro da lei, respeitar e preservar. Aos que saírem à margem da lei, não são democráticos e logo devem se submeter à lei”, disse. Padilha destacou que Temer conseguiu consolidar a imagem de um presidente que dialoga com todos os segmentos da sociedade.
O ministro afirmou ainda que o governo do presidente Michel Temer conseguiu colocar o Pais no “rumo da normalidade”. “O Brasil voltou a ser um país normal, democrático. Regime democrático não é regime de unanimidade”, disse. Para Padilha, o ajuste nas contas proposto por Temer acontece após um período em que foram concedidas benesses históricas quando ninguém sabia que viria “o juízo final”, referindo-se ao déficit que exigiu o ajuste fiscal.
Em sua apresentação, o ministro colocou quatro desafios para o Brasil: induzir o crescimento, manter e gerar novos empregos, conter o déficit da União e controlar a dívida pública. Ele destacou que não haverá indução do crescimento sem expansão na área da infraestrutura. “O Estado não deu no devido tempo atenção à infraestrutura, o investimento nessa área é sempre multiplicador”, disse.
Ao comentar o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), ele disse que no Brasil há um “mar de oportunidades” para investimentos em infraestrutura, ao citar concessões em logística, energia, saneamento e mobilidade urbana.