O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha (PMDB), afirmou nesta terça-feira, 22, que o governo está contando votos para avaliar se há condição de vitória na sessão do Congresso que pode analisar vetos presidenciais nesta terça-feira. A derrubada de vetos, como o que trata do reajuste do Judiciário, traria impacto para os cofres do governo.
“Vetos não é questão do governo, é questão do Estado brasileiro”, disse, destacando que a derrubada dos vetos seria a inviabilização das finanças públicas do País. Na avaliação de Padilha, é preciso votar o mais cedo possível, com a ponderação de que o governo não pode se “arriscar” a perder. “O governo deve se dispor a participar da votação no momento em que tiver certeza que tem votos suficientes para manutenção dos vetos”.
O temor de derrota é consonante com a fragilidade da base do governo no Congresso, o que coloca em risco a manutenção dos vetos. “Óbvio que os partidos da base não estão correspondendo, não só o PMDB”, disse o ministro, que até recentemente acumulava a função de articulação política do Palácio do Planalto. Segundo ele, se a base fosse fiel, o governo teria pelo menos 300 votos certos na Câmara.
Ministérios
De acordo com Padilha, a posição do vice-presidente Michel Temer de não indicar nenhum nome do partido para a reforma ministerial está mantida. Segundo ele, não seria cabível a indicação, já que a reforma deve eliminar pastas comandadas pelo PMDB.
O ministro ressaltou que há uma articulação direta do governo com as bancadas do partido no Congresso. Ele disse esperar que a bancada que for contemplada com um dos postos tenha compromisso com o governo no Congresso.