Discurso

Padilha destaca possível parceria com governo federal

Em discurso no ato político do PT de lançamento de sua candidatura ao governo de São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha procurou destacar por diversas vezes sua relação com o Estado de São Paulo, onde nasceu e se formou, e os planos de parceria com o governo federal, caso seja eleito, após 20 anos de gestão do PSDB no Estado.

Dizendo que em suas ‘veias corre o sangue paulista’, Padilha disse que tem energia de sobra para trabalhar e não se acomodar. E citou sua trajetória como médico, a experiência de trabalho em comunidades isoladas, como a Amazônia, e a importância dessa experiência na implantação do programa Mais Médicos do governo federal. “Foi ali, na distante Amazônia, que nasceram minha determinação e minha coragem para romper resistências e, assim, levarmos, em apenas 8 meses, médicos para 50 milhões de brasileiros.”

Padilha reforçou a reprovação à administração do governo tucano com relação à educação, criticando o sistema de progressão continuada, e prometendo reforçar as parcerias com o governo federal para o ensino profissionalizante. “Nos lugares onde o governo do PSBD só criou presídios, nós vamos criar escolas técnicas”, disse. E criticou também a decisão do governo paulista de não receber uma fazenda como doação para a instalação de uma universidade, em Itapeva. Segundo ele, “não se governa bem um Estado na base da picuinha com o governo federal e com prefeitos de outros partidos”. Prometeu, em seu governo não deixar de ajudar prefeituras por conta de divergências políticas.

Sobre segurança, o ex-ministro prometeu rigor contra o crime e total combate à impunidade, dizendo que pretende usar a parceria e a técnica da polícia federal para, se for necessário, sufocar o fluxo financeiro das facções criminosas e que pretende fazer funcionar o bloqueio de celulares nas penitenciárias. “Tecnologia pra isso já existe. O que não existe é pulso firme para fazer o que tem que ser feito.”

Com relação ao sistema de transporte sobre trilhos do governo paulista, alvo de denúncias de corrupção, Padilha disse apenas que era preciso transparência para mudar de verdade o metrô e o trem de São Paulo, com maior fiscalização das parcerias e da realização das obras, e explanou sobre os planos de expansão e o sistema do bilhete único metropolitano.

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