O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desconversou nesta quarta-feira, 2, sobre sua possível saída da pasta no próximo mês para disputar o governo de São Paulo em 2014, como quer o PT. O partido acredita que logo após a aprovação da Medida Provisória (MP) do Programa Mais Médicos, prevista para ir à votação no Congresso nas próximas semanas, Padilha precisará se dedicar à formação de palanque no Estado. “Não estou pensando nisso”, respondeu o ministro, que mais cedo participou do evento de filiação ao PT do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca.

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O relatório da MP foi aprovado nesta terça-feira, 1º, na Comissão Especial do Parlamento. O ministro disse que o próximo passo é conversar com as bancadas, além de acompanhar a chegada dos médicos estrangeiros. “Tem muita coisa para acompanhar. É nisso que estamos concentrados”, garantiu.

Padilha apoiou a proposta incluída na MP de deixar o Ministério da Saúde encarregado de emitir o registro profissional dos médicos estrangeiros. Segundo o ministro, a medida já existe em outros países e acaba com as postergações ao programa. “Acho que o Congresso entendeu como uma forma de agilizar a presença (dos profissionais) e a atuação dos médicos nos municípios que mais precisam, sem abrir mão do papel de fiscalização dos Conselhos”, afirmou. O ministro negou que a proposta cause atrito com os Conselhos Regionais de Medicina, que atualmente são os responsáveis pela emissão dos registros profissionais de estrangeiros sem validação do diploma. O ministro elogiou a possibilidade de avaliações dos cursos de Medicina a cada dois anos. “Pode significar um instrumento de avaliação da escola”, comentou.

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