O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 14, em entrevista à Rádio Gaúcha que é natural que o governo tenha mais consideração com os partidos da base e com aliados mais fiéis, mas descartou por ora uma reforma ministerial.

continua após a publicidade

“Por certo, os partidos que tem maior representatividade dentro do Congresso em favor do governo tem que ter maior consideração do governo e isso será analisado no devido tempo. Por enquanto, a posição do presidente Michel Temer é pedir que apoiem as posições do governo e no devido momento essas posições serão avaliadas”, disse Padilha.

continua após a publicidade

O ministro afirmou que o objetivo do governo é também conquistar na votação em plenário da denúncia contra o presidente Michel Temer os votos de integrantes do PSDB e do PSB que não apoiam o governo. “Não se tem que falar, neste momento, de reforma ministerial”, afirmou.

continua após a publicidade

Ao ser indagado sobre as traições dos tucanos, ele disse que cabe ao presidente analisar a situação, por ser quem “disponibiliza os ministérios e os cargos”. “Por enquanto, a posição do presidente Michel Temer é pedindo que apoiem as posições do governo e no devido momento essas posições serão avaliadas”, completou.

Ontem, em entrevista à reportagem, Padilha destacou que o fechamento de questão de diversos partidos contra a denúncia mostra que há segurança na derrubada da mesma no Plenário. Já fecharam questão PMDB, PRB, PR, PP e PSD. “Só aí já temos os 171 votos necessários (para derrubar)”.

Questionado se o governo pretende fazer uma readequação da base aliada após a eventual derrubada da denúncia, o ministro afirmou que “cada dia sua agonia”. “A circunstância é que vai ditar”, disse. Ele admitiu que será preciso avaliar o comportamento dos fiéis e infieis. “Temos que ver como é que vai ser o comportamento de toda a base durante esse processo. O governo é dinâmico e está sempre procurando corresponder ao que seja a sua base”, ponderou.