Até nova ordem, o senador Osmar Dias (PDT) vai usar integralmente todos os seus 53 segundos no horário eleitoral gratuito, que será exibido a partir de hoje, junto com a propaganda dos candidatos ao governo do Estado.
O PPB e o PTB recuaram da decisão de impedir o pedetista de usar o tempo dos dois partidos no horário eleitoral. Se a ameaça tivesse sido cumprida, o pedetista teria direito a apenas 26 segundos na propaganda eleitoral. O Estado apurou que as direções estaduais do PPB e nacional do PTB não encontraram uma brecha na legislação eleitoral para subtrair o tempo de Osmar, acusado de hostilizar o outro candidato ao Senado da coligação PDT-PTB-PPB, deputado estadual Toni Garcia. Osmar se recusa a pedir votos e dividir o palanque com o pepebista alegando falta de afinidade política.
Toni foi derrotado na tentativa de tirar o pedetista do ar. Terá que dividir o tempo com Osmar, mas não aceita compartilhar o estúdio de gravação. A coligação montou uma estrutura de gravação dos programas, que disponibiliza um estúdio para o candidato ao governo, senador Álvaro Dias (PDT), outro exclusivo para os candidatos ao Senado e um terceiro para os candidatos à Câmara Federal e Assembléia Legislativa. Toni não aceita usar o mesmo estúdio que Osmar e contratou uma produtora somente para produzir os seus programas.
Além do empecilho legal, o PPB também desistiu de “punir” o pedetista porque perdeu o apoio do PTB. O presidente estadual do partido, Valdir Rossoni, acompanhou Osmar no final de semana em seu roteiro de campanha e concluiu que reduzir seu tempo prejudicaria a campanha do candidato ao governo. Segundo Rossoni, Osmar deve ser um dos integrantes da linha de frente da campanha para puxar votos para Álvaro.