O futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra, confirmou na tarde desta terça-feira, 4, que caberá à sua pasta uma secretaria de “economia solidária” que abarcará parte da estrutura que hoje está lotada no Ministério do Trabalho, que será extinto. Segundo ele, trata-se de uma estrutura pequena, que será fundida junto à área do governo que trata da promoção de emprego para a população mais carente, em paralelo ao Bolsa-Família.
Terra, que é deputado federal pelo MDB-RS, disse que o organograma no futuro ministério, que também cuidará de esportes e cultura, ainda está sendo montado e será apresentado ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), antes que qualquer nome para as secretarias da pasta seja anunciado, o que deve ocorrer na próxima semana.
O futuro ministro chegou nesta tarde ao gabinete do governo de transição, em Brasília, para participar de reunião de Bolsonaro com deputados do MDB, partido do qual Terra faz parte. Para ele, a legenda deve apoiar as propostas do novo governo que tenham também apoio da maioria da população. “O MDB dará apoio a todas as propostas que a população desejar ver aprovadas. Não vai ser o MDB que irá frustrar as esperanças depositadas no novo governo”, disse o futuro ministro.
Perguntado se isso significa que o partido entrará para a base do próximo governo, Terra respondeu que a participação orgânica do MDB nas votações é uma discussão que ainda não foi feita. “O presidente Bolsonaro não me pediu nada nesse sentido quando me nomeou para o ministério, mas por instinto político poderei sempre conversar com a bancada”, acrescentou. Segundo Terra, as críticas de Bolsonaro ao MDB durante a campanha eleitoral seria um assunto já superado.
Entre as propostas que Terra considera importantes no novo governo estão a reforma da Previdência e mudanças na legislação penal, sobretudo na progressão de pena de condenados. “Hoje, a pessoa é solta por bom comportamento, mas sem uma análise mais profunda, ela acaba saindo da prisão e matando de novo”, disse o futuro ministro.