Na terceira visita ao Estado durante a campanha eleitoral, Lula e Dilma voltarão ao município de Curitiba, por onde iniciaram a campanha no Estado.
Mas, desta vez, ao invés da concentração na rua XV de Novembro, no centro da cidade, os candidatos (Dilma e Osmar, além dos concorrentes ao Senado Gleisi Hoffmann – PT e Roberto Requião – PMDB) pedirão votos na periferia da capital, no Bairro Novo A, próximo ao terminal do Sítio Cercado.
“Estamos cumprindo a estratégia de abrir e fechar a campanha em Curitiba, cidade que recebeu o maior volume de recursos federais para obras do PAC da habitação e do saneamento, como as que beneficiaram a população desses bairros da zona Sul de cidade, a região mais populosa da capital, onde realizaremos nossa grande festa”, disse o candidato a vice-governador Rodrigo Rocha Loures (PMDB).
Inicialmente, PT e PDT planejavam trazer Lula e Dilma ao Paraná no sábado, para eventos em Colombo e em Londrina, uma vez que a região Norte do Estado não recebeu a campanha presidencial (no interior, Lula e Dilma só foram a Foz do Iguaçu), “mas como estamos chamando o comício da virada e, no interior já estamos na frente, decidimos pelo comício em Curitiba, onde estamos trabalhando para também vencer”, disse Rocha Loures.
O candidato a vice disse não ver riscos em trazer Dilma novamente ao Estado justamente durante o período em que a candidata enfrenta uma onda de denúncias, que culminou com a queda da ministra da Casa Civil.
“A Dilma afastou-se em março do governo. Lá, ela supervisionava todos os ministérios e a atuação global do governo. Não cabia a ela acompanhar minúcias desse ou daquele assessor. Todo candidato tem sua vida devassada, é natural. Vale a pena trazê-la de novo ao Paraná sim e mostrar que quem é Osmar é Dilma, quem é Lula é Osmar”, disse, lembrando que mesmo após as denúncias, Dilma mantém a folgada liderança nas pesquisas, até aumentando a vantagem.
Na última pesquisa Datafolha, no entanto, tanto Dilma quanto Osmar perderam pontos na capital. Segundo o candidato, essa queda não tem relação com a crise na Casa Civil.
“Numa análise rápida, o que acho que aconteceu foi que, depois de ver sua queda nas pesquisas, o nosso adversário começou a proteger seus portões, fazendo ações dentro da capital de desconstrução de nossa aliança. Vamos continuar apoiando a Dilma, e com ainda mais força”, disse Loures.
O Comício de Lula e Dilma, ao lado de Osmar Requião e Gleisi acontece a partir das 18 h de amanhã, na Praça do Semeador, no Bairro Novo A (próximo ao Terminal do Sítio Cercado, na rua Cel. Joaquim A. de Azevedo). A organização da campanha de Osmar espera cerca de 50 mil pessoas no local. Cento e cinquenta ônibus virão do interior para o evento.