O candidato da coligação ao governo pela coligação “A União Faz um Novo Amanhã”, senador Osmar Dias (PDT), reuniu-se ontem com os deputados estaduais do PMDB, PT, PDT e PR. Foi o primeiro encontro do candidato ao governo com as bancadas dos partidos que o apoiam na disputa. Os candidatos ao Senado, Gleisi Hoffmann (PT), e Roberto Requião (PMDB), e o candidato a vice-governador, Rodrigo Rocha Loures, também participaram da reunião. A conversa do pedetista com os aliados, realizada a portas fechadas na sede do diretório estadual do PMDB, é o primeiro passo para os ajustes necessários da campanha em busca da unidade dos grupos que integram a aliança.

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Osmar quer, sobretudo, afinar o discurso com os deputados do PMDB, onde alguns defendiam uma aliança com o PSDB e o apoio à candidatura de Beto Richa ao governo. Um dos trunfos do senador pedetista nesta eleição é a estrutura partidária do PMDB, com seus prefeitos. E os deputados são mediadores desse diálogo com os prefeitos. Na semana passada, o senador reforçou a importância dos peemedebistas no processo. “A diferença desta eleição com relação a 2006 é que naquela eleição eu tinha o apoio de apenas 29 prefeitos. Agora, só do PMDB, são cerca de 180”, comparou.

Mais diálogo

Os peemedebistas Caito Quintana e Nereu Moura pedem mais integração da coordenação da campanha e do candidato com os prefeitos da região Oeste e Sudoeste. No final de semana, os prefeitos peemedebistas da região se reuniram e cobraram explicações sobre a participação na campanha e, principalmente, qual será o quinhão do PMDB no governo, se Osmar vencer as eleições. Quintana e Moura negam que se trata de rebelião contra Osmar em suas bases. Entretanto, os dois deputados admitem que os seus aliados nas prefeituras ainda não se sentem à vontade com o apoio do PMDB ao senador Osmar Dias. Na região, há uma histórica rivalidade entre PMDB e PDT, disse Moura. “Existem problemas a serem equacionados”, afirmou o deputado, destacando que a eleição disputada em 2006, entre Osmar e o ex-governador Roberto Requião reforçou essa distância.

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Para Quintana, as rivalidades locais podem atrapalhar a unidade da aliança em torno de Osmar. “O problema é que a coligação se deu na última hora, nos últimos dias. Alguns prefeitos não se sentem representados nesta aliança. Eles querem saber como é que fica depois da eleição. Tem muita coisa para se ajustar. E logo”, afirmou o peemedebista, que foi cotado para ser candidato a vice-governador na chapa de Osmar Dias. Seu substituto na chapa foi o deputado federal Rodrigo Rocha Loures. Apesar de o partido ter a vaga de candidato a vice-governador na chapa, Quintana e Moura disseram que os prefeitos, por não terem participado do processo de negociação da aliança, pedem mais detalhes agora de como será essa parceria entre peemedebistas e petistas no futuro. “Vice não representa o governo. É só uma composição política. Governar é outra coisa. O PMDB não quer ser só espectador”, comentou Moura.

Na reunião de ontem, Osmar pediu que as divergências sejam deixadas em nome de um projeto maior, que é a manutenção das políticas dos governos Requião/Pessuti e Lula. O senador pediu que haja unidade do grupo.

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