Um dos presentes à reunião para discutir a campanha do segundo turno da eleição presidencial no Paraná, realizada em Curitiba, Osmar comentou o resultado da eleição pela primeira vez ao se pronunciar no encontro.
“O que o Lula fez por mim, nem um irmão faria. O que está em jogo não é minha vaidade pessoal, porque nunca a tive. O que continua em jogo, é um projeto de Paraná que, infelizmente, por pouco não chegamos. Porque nós não nos unimos só pelo Paraná, nos unimos pelo Brasil e vamos lutar até o fim para dar a vitória a Dilma, que é a vitória do povo brasileiro que ganhou muito do Lula”, afirmou o senador, que agradeceu aos aliados a lealdade demonstrada na campanha.
Osmar foi convidado a se integrar ao esforço das lideranças paranaenses para ajudar no segundo turno da campanha de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República, junto com os senadores eleitos Roberto Requião (PMDB), Gleisi Hoffmann (PT) e o governador Orlando Pessuti (PMDB), além de lideranças de partidos que integram a coligação nacional, como o deputado federal eleito Ratinho Junior (PSC).
“Quando o Lula me pediu ‘pegue a campanha da Dilma’, nem precisava me pedir. A Dilma também foi muito companheira. Veio ao Paraná três vezes na campanha. Nós não nos unimos só pelo Paraná, nos unimos pelo Brasil e vamos lutar até o fim para dar a vitória a Dilma, que é a vitória do povo brasileiro que ganhou muito do Lula”, acrescentou.
Osmar esteve com Lula anteontem pela manhã, em Brasília. Conforme o que relatou na reunião, o presidente lembrou que sofreu três derrotas eleitorais, mas que apesar de “doer na alma”, aprendeu muito.
Osmar disse que também aprendeu muito com Lula, a quem se referiu como “pessoa especial, iluminada”. Sobre a campanha do Paraná, Osmar afirmou que não vai guardar mágoas do governador eleito, mas que as acusações feitas pelo tucano vão ficar registradas.
“Não sei o que é pior. Se é o adversário que agride a sua família ou se é o companheiro que trai na caminhada. Mas as duas coisas são muito ruins. No meu coração não tem lugar para rancor. Mas que a gente registra, a gente registra. Porque eu não sou o que meu adversário disse que eu sou”, afirmou.
Osmar disse que Beto escolheu o caminho contrário na campanha. “Nós escolhemos o caminho da retidão. Estou com a minha consciência pura e limpa. Infelizmente, a dele não vai ficar”, atacou o pedetista.
Tem lado
A campanha que setores da igreja católica têm feito contra Dilma Rousseff por causa da discussão sobre a descriminalização do aborto foi condenada pelo senador.
“Política não é levar para dentro das igrejas um discurso construído a partir de marqueteiros que fazem uma pesquisa qualitativa e vêem que um assunto pode render perda de votos para os adversários”, avaliou Osmar.
A Igreja Católica deveria estar ao lado da candidatura de Dilma, defendeu Osmar. “A Igreja sempre pregou que o governo deve defender os pobres. Que um governo deve defender os miseráveis. E se o governo Lula defendeu os pobres e os miseráveis, a Igreja tem que estar ao lado da candidata do Lula”, declarou.