Sucessão

Osmar reafirma que não está indeciso

O senador Osmar Dias atribuiu ao rigoroso estatuto do PDT o fato de o partido ter deixado sua convenção suspensa até a realização da convenção nacional, amanhã.

Ele espera a definição do PDT nacional acerca das possibilidades de coligações nos estados para colocar em discussão, agora apenas entre os membros da Executiva Estadual as duas possibilidades para o partido nas eleições de outubro: candidatura própria ao governo, ou coligação com o PSDB, indicando o candidato a vice-governador e o próprio Osmar para reeleição ao Senado.

“É a convenção nacional que delibera sobre coligações e qualquer decisão anterior a ela fica sob o risco de ser anulada. Por isso essa prudência”, disse o senador, que relembra o caso de 2006, quando perdeu dois partidos aliados após a convenção nacional decidir pela candidatura própria a presidente.

Se uma candidatura ao Planalto não é cogitada pelo PDT no momento, a dúvida, agora, é se os estados serão autorizados a coligar com partidos diferentes da coligação nacional.

“Há o caso do Maranhão, em que o Jackson Lago (PT) é candidato ao governo, mas o PT vai com a Roseana Sarney (PMDB). Ao Lago, sobrou o PSDB. Dependendo da decisão do partido, ele não poderá ser candidato”, disse. “Acho que o partido não vai deixar o Lago, que foi cassado para a Roseana assumir, numa situação dessas”, comentou.

Osmar disse que o partido trabalha com as duas possibilidades: “O desejo de candidatura própria e a proposta concreta do PSDB”. O senador voltou a afirmar que não está indeciso, que tomou sua decisão no ano passado: ser o candidato único da base do Lula, “sem isso não dá para ser. Estou esperando que o que me foi prometido seja cumprido”, afirmou.

Questionado sobre se esperaria até as convenções de PT e PMDB, marcadas para o último final de semana do mês, Osmar disse que “nem vocês (imprensa) me deixariam esperar até lá”.

Quando perguntado sobre as conversas com o ministro do Trabalho Carlos Lupi (presidente licenciado do PDT), que já teria declarado que Osmar será candidato ao governo, o senador confirmou que “converso diariamente com o Lupi e ele é o maior entusiasta da minha candidatura. Ele lamenta que o esforço do PDT para formar palanque da base em vários estados, não seja retribuído no Paraná”. Mas concluiu, dizendo que “enquanto há vida, há esperança”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna