A agenda de campanha de Osmar Dias (PDT), que, por enquanto, está resumida a reuniões com lideranças e entrevistas coletivas por todas as regiões do Estado, já tem data para esquentar: 16 de julho, sexta-feira da próxima semana.

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Neste dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff são esperados em Curitiba, para, na Boca Maldita, dar a largada ao corpo-a-corpo da campanha do pedetista e de Dilma no Estado.

A visita regular de Dilma e Lula foi uma das condições colocadas por Osmar para aceitar a candidatura ao governo pelo grupo político da base do governo federal. Ontem, em Maringá, ao responder sobre insinuações do candidato tucano à presidência da República, José Serra, de que no momento oportuno poderia revelar detalhes de por que não conseguiu o apoio de Osmar Dias, o senador mostrou que quer mesmo colar na popularidade de Lula. “O Serra que fale do candidato dele. Quem fala por mim é o presidente Lula”, afirmou.

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Osmar Dias: colado em Lula.

No lançamento oficial de sua campanha, terça-feira, em Curitiba, Serra disse que lutou para manter o grupo PSDB, DEM, PPS e PDT unido no Paraná, mas não foi possível, “por razões que não vale a pena entrar agora. Ao longo do tempo, essas coisas serão conhecidas”.

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A insinuação de Serra foi completada pelas declarações do presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, que disse estar preparando um pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa para revelar os bastidores da negociação com Osmar. Rossoni garante que Osmar já havia dado sua palavra, inclusive a Serra, de que disputaria o Senado, aliado com o PSDB.

“Eu não sei o que o José Serra quer dizer com isso. Se ele tiver alguma coisa para falar, que o faça. Não há nada para ser revelado. Meu partido está na base de apoio do governo Lula e proibia essa aliança”, disse o senador para depois alegar que não pode ser condenado por conversar. “Todos os partidos conversaram com todos os partidos”.

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Serra: insinuações enigmáticas.
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Enquanto Serra insinua e Rossoni ataca, o candidato do PSDB ao governo do Paraná, Beto Richa, não comenta o assunto e segue sua agenda de contato direto com o eleitor.

Depois de estrear por Curitiba, Beto percorreu, ontem, 10 municípios da Região Metropolitana da capital. Curitiba e região são os colégios eleitorais em que o tucano leva a maior vantagem em relação a Osmar e a estratégia tucana foi começar por onde seu candidato é favorito, para dificultar a entrada do adversário.

Mas, a partir de hoje, o tucano visitará regiões onde é menos conhecido, começando pelo Noroeste do Estado. Acompanhado pelos candidatos ao Senado Gustavo Fruet (PSDB) e Ricardo Barros (PP), Beto faz campanha em Campo Mourão e outros nove municípios da região.