Osmar pede que a Polícia Federal vá fundo no ?caixa 2?

O senador Osmar Dias (PDT-PR) declarou, ontem, que quer que a Polícia Federal (PF) e a Justiça Eleitoral continuem a investigar a denúncia de ?caixa 2? durante a campanha eleitoral de 2006. A declaração do senador foi uma resposta às informações divulgadas ontem, de que a PF e o Ministério Público Eleitoral, alegando falta de provas, propuseram o arquivamento da investigação do caso da mala com dinheiro, arma e panfletos de campanha apreendidos na semana do segundo turno das eleições.

Em 24 de outubro do ano passado, seis dias antes do segundo turno das eleições, a Polícia Federal apreendeu, em um hotel de Curitiba, uma mala com dinheiro, uma arma e supostos panfletos de campanha do, então, candidato Osmar Dias. O dono da mala, que havia se hospedado com nome falso, não foi encontrado e, além da suspeita de que poderia estar ligado à campanha do senador, a PF e a Justiça Eleitoral também trabalharam com a hipótese de uma sabotagem contra o candidato do PDT.

Alegando ter sido vítima de falsas denúncias, que prejudicaram, de forma decisiva, sua campanha, o senador revelou que acionou seus advogados para tentar impedir que o caso seja realmente arquivado. ?Quero que este caso seja esclarecido. Os eleitores do Paraná já estão cansados de farsas eleitorais e merecem uma resposta?, disse. ?Não é possível que uma informação falsa prejudique uma campanha e depois tudo seja esquecido?, completou Osmar.

O senador contestou a alegação de falta de provas por parte das autoridades responsáveis pela investigação. ?Não tenho o mínimo conhecimento do que possa ter acontecido, mas acho muito estranho que uma pessoa se registre num hotel sem que se saiba quem realmente ela é?. Para o senador o caso acabou sendo abafado na época, principalmente com o segredo de Justiça determinado pela Justiça Eleitoral, que proibiu a divulgação de uma entrevista concedida por Osmar Dias defendendo-se das acusações. ?Fui denunciado e me proibiram de me defender publicamente?, alegou. Vale lembrar que foi a assessoria do senador que entrou com representação junto ao Tribunal Regional Eleitoral para que as investigações fossem conduzidas em segredo de Justiça.

Os autos da investigação, com a recomendação do arquivamento, estão na 177.ª zona eleitoral aguardando parecer do juiz, que está de férias e, ao retornar, decidirá pelo arquivamento, ou não, do caso. ?Fiz uma campanha limpa e quero que a Justiça cumpra a sua parte penalizando os culpados por mais uma mentira de época de eleição?, finalizou Osmar.

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