Pelo bem da candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado, o governador Orlando Pessuti (PMDB) e o ex-governador e candidato ao Senado, Roberto Requião (PMDB), concordaram em deixar, pelo menos por enquanto, as desavenças de lado, e começaram a partilhar as atividades da campanha da coligação “A União faz um novo Amanhã”.

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Os dois dividiram o palanque ontem com Osmar em Maringá, onde foi lançado o comitê central da campanha, e seguiram juntos a Paranavaí e Londrina. Antes, Requião e Pessuti somente tinham estado juntos quando a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente Lula vieram ao Paraná. “Está bom assim. O importante é que esteja bom para o Osmar. O resto é secundário”, afirmou o governador Orlando Pessuti.

Ele disse que o desconforto de estar ao lado de Requião, com quem falou pela última vez quando assumiu o governo em 1.º de abril, é um assunto menor diante do projeto político-eleitoral que apóia.

“Estou empenhado nessa campanha. Não me importo com a presença do Requião. Sou indiferente. Eu trabalho do meu jeito e ele trabalha do jeito dele em favor do Osmar”, disse Pessuti.

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O governador afirmou que o distanciamento entre eles não pode atrapalhar a campanha de Osmar. “É ruim isso de quando ele está eu não vou, e quando eu vou, ele não vai. Então vamos em frente. Eu trabalhei muito para que houvesse a unidade desses partidos na aliança”, comentou.

Mas o pacto é de convivência e não de reconciliação. Requião faz seus discursos sem citar Pessuti, que por sua vez também não pede votos para o ex-governador.

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Pessuti disse que pede votos para Gleisi, que divide a chapa ao Senado com Requião, e acrescenta que, no momento oportuno, anunciará para quem irá seu segundo voto.

Embora especula-se que seu segundo candidato ao Senado é o deputado federal tucano Gustavo Fruet, o governador disse que sua opção não foi manifestada. “O que eu declarei até agora é que voto na Gleisi”, disse.

Para Pessuti, os percalços para a formação da aliança ainda são recentes e explicam a liderança do adversário Beto Richa (PSDB) nas pesquisas de intenções de votos.

“São apenas trinta e cinco dias da nossa campanha. O Beto Richa já era candidato e fazia campanha muito antes disso. Agora, é que tudo está entrando nos eixos. Daqui a alguns dias, os índices serão diferentes”, comentou.

Esforço

Ontem, em Maringá, Osmar fez referência indireta às pesquisas de intenções de votos que o mostram atrás do ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB). Disse que a aliança entre PDT, PMDB e PT foi a maior costura política já feita no Estado e que a força desse bloco será sentida pelos adversários no dia 3 de outubro.

Ao lado do maratonista Vanderlei Cordeiro, que declarou apoio público à sua candidatura, o pedetista brincou. “O Vanderlei me falou agora que a corrida acabou de começar. E eu disse a ele que espero que não apareça nenhum louco para me tirar a medalha”, afirmou o senador, lembrando do episódio em que Cordeiro foi abordado por um padre irlandês que se colocou à sua frente na pista e o paranaense perdeu a chance de vencer a Maratona das Olimpíadas de Atenas.