Cada partido ou coligação pode indicar até dois fiscais por mesa receptora de voto e dois delegados para cada zona eleitoral. Com o voto eletrônico, a tarefa ficou mais fácil, mas uma das principais atribuições dos fiscais é acompanhar, no final da votação, a emissão do boletim de urna para conferir os dados eleitorais, formado pelos votos de cada candidato em cada sessão.
Na campanha do senador Osmar Dias, candidato ao governo pelo PDT, está sendo organizado um grupo à parte para trabalhar num esquema de apuração paralela dos votos.
A estrutura será composta por estatísticos e técnicos que vão fazer os cálculos das votações proporcionais. Na campanha de Beto Richa (PSDB), a coordenação da campanha optou por não fazer a apuração informal dos dados.
De acordo com a assessoria de comunicação do candidato, a coordenação deu prioridade à fiscalização. Ainda conforme a assessoria, haverá fiscais em todos os 5.721 locais de votação.
Mudanças
A coordenação jurídica da campanha de Osmar explicou que a apuração paralela está sendo montada para tranquilizar os candidatos à Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa.
“A totalização paralela será necessária para conferir as votações individuais dos candidatos. Foi uma decisão da coligação para dar mais conforto a eles porque houve mudanças na legislação”, disse o advogado Leandro Rosa.
Ele esclareceu que a lei nº 12034/2009 alterou o processo de totalização de votos. Anteriormente, os votos dos candidatos sub judice (cujas candidaturas estão sendo contestadas judicialmente) eram computados para efeitos do cálculo do quociente eleitoral. Nesta eleição, não será assim.
Os candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa terão seus votos zerados na primeira lista de resultados, ou seja, os votos serão considerados nulos, num primeiro momento.
Como o TRE não informa o número de votos obtidos, individualmente, pelos candidatos com registro contestado judicialmente, os partidos que integram a coligação proporcional de Osmar entenderam que o acompanhamento paralelo era necessário para posicionar os candidatos a deputado estadual e a deputado federal sobre os eleitos.
Se algum dos impugnados, conseguir reverter a decisão, futuramente, haverá uma mudança do quociente eleitoral e consequentemente, pode haver alterações entre os eleitos.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) também tem sua votação paralela, mas é apenas para testar o correto funcionamento das urnas. A Comissão de Votação Paralela, realiza hoje, a partir das 9 horas, no auditório do TRE, o sorteio das três urnas eletrônicas que serão usadas para votação paralela, uma na capital e duas do interior, que serão recolhidas e lacradas.
As três urnas serão auditadas em Curitiba por meio de uma votação simulada, em que um grupo de eleitores é convidado a votar de duas formas: eletrônica e manual. Após a votação, os dados da cédula serão confrontados com as informações da urna eletrônica.
O processo de auditoria do funcionamento das urnas eletrônicas, é realizado desde 2002, envolvendo representantes de partidos políticos, Ministério Público Eleitoral e entidades representativas da sociedade.