O senador Osmar Dias (PDT) disse que não interpretou como um documento endereçado a ele a nota distribuída na última sexta-feira pela direção estadual do PT após a reunião da Executiva Estadual do partido.
Na nota, o partido diz que segue trabalhando em busca de uma aliança com os partidos da base do governo Lula para a disputa das eleições de 2010, mas que não ficará refém de nenhum partido e estará preparado para, se não conseguir viabilizar a aliança, lançar candidato próprio.
“Eu não vi a nota, estava no interior e não tive acesso. Fiquei sabendo porque a Gleisi (Hoffmann presidente do PT) me ligou informando que da reunião da executiva saiu uma nota apenas para registrar o resultado de uma reunião que eles estavam discutindo uma aliança e que se não desse certo a aliança, partiriam para uma candidatura própria. Mas eu não percebi, do que ouvi da fala da Gleisi, nada direcionado para mim”, disse o senador.
Sobre as declarações de outros membros do PT, que na reunião do diretório do partido, no sábado, afirmaram a O Estado que a nota era uma resposta a Osmar, o senador disse que não poderia interpretar algo que não presenciou e sequer viu.
“Eu não ouvi do PT nada disso que eu li no jornal. Não conheço nenhum político sério que converse com outro político ou com partidos pelo jornal. Eu converso com o PT quase todos os dias”.
Sobre a cobrança do PT de uma definição até o final do ano, Osmar não quis falar em prazos. “De minha parte eu continuo fazendo aquilo que disse que ia fazer, um projeto de plano de governo. As conversas sobre alianças não estão paradas, mas quem define o prazo de alianças não é um partido ou outro, é o calendário eleitoral”, concluiu.