Oficialmente, foram duas reuniões, anteontem, em São Paulo. Uma do senador Osmar Dias (PDT) com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, e outra, entre o ex-prefeito de Curitiba e pré-candidato ao governo tucano, Beto Richa, e o pré-candidato a presidente da República, José Serra.
Os resultados foram mantidos em sigilo mas, nos bastidores, a informação corrente era que o senador Osmar Dias estaria próximo de um acordo com os tucanos.
A assessoria do senador Osmar Dias não confirmou ou desmentiu a versão sobre seu futuro político. O presidente estadual do PDT, deputado Augustinho Zucchi, disse que o encontro em São Paulo não trouxe novidades ao quadro da sucessão estadual.
“Até onde eu sei, não há nada definido. Quem vai decidir é o Osmar Dias. Eu, como braço direito e escudeiro fiel, que é o que dizem por aí que eu sou, seguirei qualquer decisão do Osmar”, disse.
À espera
O senador pedetista esteve com Sérgio Guerra anteontem à noite. Ontem, durante a manhã, Osmar também teria conversado com Serra. O encontro foi confirmado pela assessoria durante a manhã, mas negado à tarde.
O assunto foi a proposta que o PSDB do Paraná fez para que Osmar desista de disputar o governo do Estado e concorra ao Senado. A proposta prevê a indicação do candidato a vice-governador pelo PDT.
Quem confirmou que esteve com José Serra na manhã de ontem foi o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni que, acompanhado do pré-candidato Beto Richa, visitou o presidenciável tucano em São Paulo. “Fomos ao Serra relatar toda a nossa costura política no Estado e tratar sobre a vinda dele para o Paraná na semana que vem”, disse Rossoni.
O presidente do PSDB foi cauteloso ao comentar a articulação dos líderes tucanos nacionais com Osmar Dias. “Quando falamos com o Serra, ele ainda não tinha falado com o Osmar. Nem sei se eles chegaram a conversar, mas acho que não existe novidade ainda. Fizemos uma proposta ao PDT e continuamos aguardando uma resposta”, disse.
Rossoni negou que a conversa de Serra com Osmar seria para turbinar a proposta tucana, com a oferta, por exemplo de um ministério. “Não há a necessidade de aumentar a oferta. Nossa proposta já está nas mãos do PDT e, agora, cabe ao PDT decidir”, disse.
“Nossa conversa com o Serra foi sobre toda a articulação, falamos sobre DEM, PSB, PP e, lógico, PDT. Pedimos sim a ajuda dele para conquistar o PDT, mostramos o quanto é importante para a campanha do Beto e, principalmente, para a campanha dele no Estado”, disse Rossoni.