Foto: Arquivo/O Estado |
Alex Canziani: acusação contra partidos é sem fundamento. continua após a publicidade |
A coligação Paraná da Verdade entrou ontem com um pedido de queixa-crime no Tribunal Regional Eleitoral contra o governador Roberto Requião (PMDB). O motivo, segundo a assessoria jurídica da coligação, é que o governador teria cometido crime contra a honra do senador Osmar Dias (PDT), ao acusá-lo de comprar apoio político. O TRE informou que a coligação de Osmar está entrando também com uma ação contra o site Gazeta de Novo, por menções ofensivas contra partidos pertencentes à coligação.
Segundo a coligação Paraná da Verdade (PP, PDT, PTB, PTN, PMN, PTC, PSB, PRONA, PtdoB), em reunião do projeto Mãos Limpas do governo do Estado no dia dez de julho, Requião teria afirmado que o PDT comprou o apoio político do PP e do PTB.
A assessoria de imprensa da Coligação Paraná Forte (PMDB-PSDB, PSC), porém, informou que o seu departamento jurídico ainda não tinha tomado conhecimento do conteúdo da ação. Segundo a assessoria da coligação Paraná Forte, assim que seus advogados conhecessem a ação, seriam prestadas declarações.
O presidente estadual do PP, Dilceu Sperafico, negou que tenha negociado a entrada na coligação por somas em dinheiro. Segundo Sperafico, o compromisso com Osmar já estava afirmado há mais de um ano. Já para o presidente estadual do PTB, Alex Canziani, as acusações não têm fundamento. De acordo com Canziani, ele esteve com Requião uma única vez no Palácio Iguaçu há um mês e meio e não foi discutido a compra do apoio. "Preferimos apoiar Osmar Dias. Entendemos que ele é a melhor opção. Osmar tem alta credibilidade", disse.
Em reunião da Escola de Governo do dia 27de junho, Requião já tinha afirmado que o PMDB havia sido procurado por legendas que tentaram vender apoio nas eleições, mas não identificou os partidos envolvidos na tentativa de negociação. O governador disse, naquele momento, que havia tido conversas particulares com políticos e que não podia dar mais detalhes.
À época, Requião usou uma alegoria para a oferta feita pelos partidos. Disse que havia recusado um pedido de "três quilos de alcatra e chifre dourado de unicórnio" em troca de apoio, o que, para bom entendedor, bastaria. Segundo o governador, outros pedidos de compra de apoio já haviam sido ofertados ao PMDB. Numa entrevista à rádio Bandnews há algumas semanas, o governador mais uma vez comentou o assunto, sem citar nenhum partido, referindo-se, porém, à alcatra e ao unicórnio dourado.