O candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin, faz hoje o seu primeiro ato de campanha em Curitiba. Ele chega por volta do meio-dia no aeroporto Affonso Pena e segue ao Paraná Clube, onde o esperam prefeitos, vereadores e dois candidatos ao governo, Rubens Bueno (PPS) e o senador Osmar Dias (PDT). A presença do pedetista é a novidade da campanha presidencial tucana, em Curitiba, já que o partido de Osmar tem como candidato a presidente o senador Cristovam Buarque. Osmar recebe o tucano no aeroporto Affonso Pena e o acompanhará em toda a programação em Curitiba.
Osmar não irá como candidato, disse sua assessoria, mas na condição de senador do Paraná. Entretanto, como é impossível dissociar as duas posições neste momento, o senador vai justificar sua presença como resultado da composição da sua aliança, onde estão uma ala dos tucanos paranaenses e setores do PP e PTB do Paraná que apóiam a candidatura de Alckmin.
O senador não pretende fazer declaração pública de voto a Alckmin. Pelo menos no horário eleitoral gratuito, onde poderia abrir brechas para contestações dos adversários com base na regra da verticalização, onde candidatos com candidato próprio a presidente não podem subir em palanques dos adversários do representante do seu partido na disputa.
Já Rubens Bueno está à vontade na comitiva de recepção a Alckmin. Ele irá ao aeroporto Affonso Pena, segue com Alckmin ao almoço e fará a caminhada junto com o candidato na Boca Maldita, no meio da tarde, se esta atividade for confirmada. Bueno é o único que tem o palanque livre para oferecer ao tucano, já que o PPS não lançou candidato à sucessão presidencial. Em todos os momentos, Bueno estará com seu candidato ao Senado, Luiz Felipe Haj Mussi.
Fragmentos
Alckmin vai encontrar o PSDB desconjuntado no Paraná. As divergências que culminaram na anulação da aliança do partido com o PMDB afugentaram do palanque do candidato tucano os setores que defendiam a coligação com o governador Roberto Requião (PMDB). O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, está sinalizando que pode até se aproximar do PT a favor da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O coordenador da campanha de Alckmin no Paraná, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, procurou se poupar dos atritos internos. Ele não se posicionou no conflito sobre a aliança com Requião e até agora também não disse de que lado da disputa irá ficar: se acompanha o grupo de Brandão no apoio a Requião ou se segue com o presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, para a campanha do senador Osmar Dias (PDT).
Para compensar a falta de unidade em torno de Alckmin, Beto Richa está prometendo oferecer a Alckmin a apoio de um grupo de prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba. O prefeito tem anunciado que quase todos os prefeitos da Região Metropolitana e do região sul estarão trabalhando em favor da eleição de Alckmin.
Roteiro
Conforme a coordenação da campanha, a chegada de Alckmin está prevista para às 11h30, em Curitiba. Depois, ele segue para o Clube onde participa do almoço. Se der tempo, Alckmin irá fazer uma caminhada pela Boca Maldita. Alckmin não irá mais a Ponta Grossa, como foi anunciado inicialmente, e também não ficará para o jantar de lançamento da candidatura à reeleição do deputado federal Gustavo Fruet.