O Tribunal Superior Eleitoral disponibilizou, ontem, os dados da segunda parcial da prestação de contas dos candidatos nas eleições de outubro.
O período para a entrega da segunda parcial esgotou-se na sexta-feira, mas alguns candidatos (todos da coligação A “União faz um novo amanhã” – de Osmar Dias, Roberto Requião e Gleisi Hoffmann) preferiram não divulgar suas receitas e gastos na semana passada, entregando os dados apenas à Justiça Eleitoral. No sábado, o Estado publicou os números fornecidos pelos demais candidatos. Agora, os dados são oficiais.
Fábio Alexandre |
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Gleisi: investindo na campanha. |
A campanha de Osmar dias continua sendo a mais cara para o governo do Estado até o momento. O senador do PDT já contabiliza uma receita de R$ 13,2 milhões, dos quais, menos de R$ 300 mil ainda não foram gastos.
Dos R$ 12,9 milhões já despendidos pela campanha de Osmar, R$ 4 milhões foram doados a outros candidatos; R$ 7,4 milhões gastos com despesas diversas, que só serão especificadas na prestação de contas final, e R$ 812 mil investidos na produção do programa eleitoral.
O candidato do PSDB, Beto Richa, informou ter arrecadado R$ 8,1 milhões, e gasto R$ 5 milhões. O maior gasto do tucano, até agora, foi com a produção do programa eleitoral, R$ 2,3 milhões.
Beto gastou, ainda, R$ 474 mil com publicidade por materiais impressos e R$ 372 mil com telemarketing. O candidato do PV, Paulo Salamuni, apesar de declarar, em seu site, R$ 108 mil em arrecadação e R$ 100 mil e despesas, ainda não tem movimentação financeira registrada na Justiça Eleitoral.
O partido explicou que, nas prestações de contas parciais, está concentrando a movimentação nas contas do comitê financeiro único. A campanha de Luiz Felipe Bergman (PSOL) não entregou o relatório parcial. “Vamos entregar tudo no final, pois nossos gastos são muito pequenos”, justificou. Não há punição para quem não faz a prestação parcial.
Três vezes
Entre os candidatos ao Senado, os dois líderes nas pesquisas, Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) também lideram nos gastos de campanha, mas desta vez a petista inverte as posições e lidera como a campanha mais cara até o momento.
Gleisi gastou, inclusive, mais do que arrecadou até o momento. A petista contabiliza R$ 3,3 milhões em despesas, R$ 200 mil a mais que os R$ 3,1 milhões arrecadados.
Os gastos de Gleisi são quase cinco vezes maiores que as despesas do segundo que mais gastou. O ex-governador Requião gastou, até agora, R$ 672 mil, do R$ 1 milhão arrecadado. Ricardo Barros (PP) arrecadou mais, R$ 1,22 milhão, mas está economizando e só gastou R$ 278 mil.
Seu colega de chapa, Gustavo Fruet (PSDB) declarou receita de R$ 900 mil, com despesa de R$ 235 mil. Somados, os três principais adversários de Gleisi gastaram, até agora, R$ 1,1 milhão, um terço do que a petista já investiu.