Osmar diz que vai esperar definir o quadro nacional

O senador Osmar Dias (PDT) afirmou ontem que embora tenha recebido críticas por ter mantido uma postura de não agressão, ele não irá atacar seus adversários políticos. Segundo ele, é preciso se comportar com altivez e sinceridade. "Desde quando ser agressivo gera emprego", questionou. Osmar proferiu uma palestra ontem no 1.º Encontro Nacional de Vereadores do PDT, em Curitiba. Coordenado pelo presidente do PDT de Curitiba, vereador Jorge Bernardi, cerca de 400 lideranças do partido participaram do encontro de dois dias, que terminou ontem.

O senador falou sobre as teses do PDT para o que acha indispensável em um plano de governo e fez algumas menções sobre o estilo de governar. Para ele, há políticos que misturam autoridade com autoritarismo e com isso perdem o limite da censura. "É preciso saber diferenciar coragem e ousadia de ostentação e arrogância. Há políticos que acham que tudo podem e na verdade não podem nada sem o povo", disse. Osmar afirmou também que é preciso que haja atuação dos próprios cidadãos no governo, que devem ser ouvidos e devem participar com sugestões na administração.

Sobre a possibilidade de se ter uma posição final do partido no próximo dia 23 de maio, quando se reunirão em Brasília os integrantes da executiva nacional, os presidentes estaduais da sigla e os membros do conselho político, Osmar afirmou que o encontro poderá ainda não trazer a tão desejada definição da coligação nacional. "Já fizemos seis reuniões, e temos mais três programadas. Há tempo suficiente para se articular candidaturas. O processo político exige paciência e não dá para se fechar alianças estaduais enquanto o PDT não definir suas alianças em nível nacional", afirmou o senador, lembrando da regra de verticalização.

Diferente dos argumentos do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que acredita que uma candidatura nacional beneficiaria o partido para vencer a cláusula de barreira – a regra que exige que os partidos façam 5% dos votos no país para continuar sendo reconhecidos no Congresso Nacional – Osmar reafirmou sua posição de que o partido deveria abdicar da candidatura à presidência, deixando livre para que o PDT possa facilitar acordos eleitorais regionais. "Sem candidatos a governador nos estados, dificilmente iremos ultrapassar a cláusula de barreira."

Na sexta-feira, dia 5, Osmar disse que nunca teria colocado seu nome para disputar o governo se não quisesse ser candidato. Porém, para ele, há uma diferença "entre querer e poder". O senador continua amarrado às costuras nacionais, mesmo depois de aparentar que Alvaro Dias (PSDB) desistiu de concorrer ao governo, concentrando sua atenção para uma nova vaga no Senado. Osmar afirmou também que está seguindo o calendário eleitoral do PDT nacional, e lembrou que se já tivesse feito um pré-acordo com o PSDB e PFL teria de desfazê-lo, uma vez que o seu partido começou a negociar uma aliança com o PPS em nível nacional.

Porém, o PPS paranaense divulgou em nota oficial que embora o partido esteja buscando uma aliança nacional para construir uma alternativa ao atual modelo econômico, não há obrigação de o PDT e o PPS fazerem uma coligação no estado. Segundo o PPS, a candidatura do presidente estadual do partido, Rubens Bueno, está decidida desde 2005.

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