A campanha do candidato do PDT ao governo do Paraná, Osmar Dias, voltou a bater forte no adversário Beto Richa (PSDB) por conta do anúncio, “antecipado”, do nome de Flávio Arns (PSDB) como secretário de Educação de seu eventual governo.

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Em encontro com professores em Maringá, o candidato do PDT ao governo disse que ele mesmo irá cuidar da educação, não seu vice, e acrescentou que só vai escolher o secretário da área depois de eleito. Osmar vestia a camiseta laranja que os professores adotaram desde que Beto declarou que haviam “laranjas podres” dentro do movimento sindical dos professores.

Anderson Tozato
Osmar: assunto muito importante.

“A educação no meu governo não será tratada pelo meu vice. Vai ser tratada por mim mesmo, o governador, porque é um assunto muito importante”, disse. O candidato assumiu o compromisso de que a Secretaria Estadual de Educação será assumida por alguém capacitado e oriundo da educação pública do Paraná. “Não vou escolher secretário antes de ser eleito governador. Mas será alguém que entenda as necessidades da educação porque virá do serviço público e terá diálogo com os professores”, disse.

Na noite de terça-feira, em um comício em Araucária, Beto repetiu que a educação será prioridade de sua administração. “Em Curitiba, ampliamos diversas escolas e construímos várias outras, em um novo padrão, com conforto para professores e profissionais da educação, acessibilidade para as pessoas, laboratórios de ciências, informática e salas para atividades especiais. Aumentamos em mais de 22 mil o número de vagas na Educação Infantil e Ensino Fundamental”, disse.

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Na fábrica

Enquanto isso, Beto Richa, percorreu, ontem, algumas fábricas de Curitiba e Região Metropolitana e disse ser o candidato mais indicado para a defesa dos direitos dos trabalhadores.

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“Não vamos acabar com nenhum direito sagrado dos trabalhadores”, disse o candidato, em visita às unidades de produção da Spaipa e da Renault. Após prometer investir na qualificação profissional, em programas de empreendedorismo e geração de renda e melhorar e ampliar os serviços nas Agências do Trabalhador, Beto reafirmou que, “por duas vezes seguidas, em 1997 e em 2001, o senador Osmar Dias tentou acabar com a indenização de 40% sobre o FGTS nas demissões sem justa causa, uma conquista histórica dos trabalhadores brasileiros”.

Em visita às centrais sindicais há três semanas, Osmar Dias disse ser a melhor opção para os trabalhadores por ter experiência como profissional com carteira assinada, sugerindo que os trabalhadores comparassem as carteiras de trabalho dele e de Beto Richa.

Sobre a proposta do fim da multa do FGTS, o senador disse que apresentou num momento de instabilidade econômica e aumento do desemprego e que ele mesmo pediu a retirada do projeto assim que a economia brasileira se recuperou.