Nada mudou! Foi assim que o senador Osmar Dias (PDT) resumiu a conversa que teve ontem de manhã, em Brasília, com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.
Osmar disse que foi um encontro “casual”, “inespecífico”, sem avanços em relação a discussões anteriores. Até agora, o PT não conseguiu a adesão dos partidos da base aliada do presidente Lula (PT) ao acordo e não retirou a candidatura de Gleisi Hoffmann ao Senado para facilitar as negociações com o PMDB.
Depois de um ano de conversas com o PT, o senador pedetista avalia que é difícil construir, agora, a cinco meses da eleição, as condições para a aliança. Ele observa que o PP, um dos partidos base aliada do presidente Lula no Congresso Nacional, já está em negociações adiantadas para fechar uma coligação com o PSDB. “O PP já foi.
O Pessuti é candidato”, disse o senador, comentando que a candidatura de Gleisi ao Senado é só mais um empecilho nesse processo. A expectativa de Osmar é baixa em relação à possibilidade de uma reviravolta no rumo dessa negociação com o PT e aliados.
“Não evoluiu nada. Ficamos um ano discutindo este projeto. Agora, o Dutra me perguntou se haveria possibilidade de retomar essa conversa. Eu perguntei se tinha avanços. Ele disse que não”, relatou o senador que, há mais ou menos um mês, foi avisado pelo PT do Paraná que a conversa estava suspensa devido à sua proposta de ter Gleisi Hoffmann como candidata a vice-governadora na sua chapa.
Realidade
Osmar disse que vai continuar analisando a situação e as dificuldades que está tendo para compor uma aliança que dê sustentação à sua pré-candidatura ao governo, antes de responder ao PSDB que, na terça-feira passada, propôs oficialmente ao PDT a indicação de Osmar para o Senado e a escolha do candidato a vice-governador.
“Esta é a situação real que temos”, disse o senador. De concreto mesmo, o senador lembra que tem a proposta apresentada pelo PSDB. “Está escrita e assinada. E o PT continua na mesma, inclusive com as gracinhas no twitter”, comentou o pedetista que, frequentemente, é alvo de comentários irônicos no twitter do deputado federal André Vargas. A decisão sobre como o PDT participará do processo eleitoral será tomada depois de várias consultas, disse Osmar. “Não decido nada sozinho. Estou conversando com muita gente. Eu não decidi ser candidato sozinho”, afirmou.
Homenagem
O diretório estadual do PDT anunciou que na próxima segunda-feira, organiza um jantar em homenagem ao senador. Para reconhecer a atuação dele na aprovação da resolução que extinguiu o pagamento da multa do Estado à União, decorrente do processo de privatização do Banestado, em 2.000. O PDT pretende reunir mais de duas mil lideranças no Restaurante Madalosso (Salão Nápoli), em Curitiba.