Osmar Dias se espanta com as reações do PMDB

O senador Osmar Dias (PDT) disse ontem a O Estado que não entende a razão do incômodo causado no PMDB pelo bom relacionamento que mantém com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu não entendo por que tanta angústia”, afirmou o senador, sobre as reações dos peemedebistas locais em relação à possibilidade de assumir a liderança do governo no Congresso Nacional.

Osmar lembrou que está na base aliada do governo e que já vem votando com o presidente da República há mais de dois anos. “É meu dever e não estou cobrando por isso. Mas é natural, então, que haja esse diálogo”, afirmou o senador, apontado pelo presidente como um dos nomes em cujo palanque de candidato a governador o PT poderia subir na próxima eleição.

O PMDB se ressentiu com o movimento do Palácio do Planalto em direção a Osmar e, anteontem, um emissário do presidente Lula telefonou ao governador para tentar consertar o estrago causado nos últimos dias no diálogo com o PT, que participa do governo e apoiou Requião contra Osmar na disputa de 2006. Para Osmar, nada foi alterado.

“Eu fui sondado. E pronto. Se eu achar que é uma posição que possa trazer benefícios para o Estado, poderia aceitar se vier o convite oficial. Se não vier, isso não muda nada na minha vida”, disse.

O senador pedetista disse que o governador Roberto Requião (PDT) não deveria se preocupar com a possibilidade de ele exercer uma função estratégica no Congresso.

“Isto é bom para o Paraná e para o governo também. Porque ajudaria na solução do problema da multa do Banestado. O líder do governo do Congresso coordena toda a votação do Orçamento da União. Agora, se isso não é importante para o governo, paciência…”, cutucou o senador.

Ele é autor do projeto de resolução que acaba com a multa imposta ao governo do Paraná pela Secretaria do Tesouro Nacional em função dos títulos públicos podres adquiridos à época da privatização do Banestado, comprado pelo banco Itaú. O projeto de Osmar ainda não foi votado.

Palanque alternativo

Osmar disse que, da mesma forma que conversa com o PT, também é amigo do governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência da República. Osmar confirmou que Serra disse não vê-lo em outro palanque que não o do PSDB na disputa presidencial.

“E eu disse a ele que tudo depende do PSDB do Paraná”, afirmou o senador, que foi surpreendido há duas semanas quando o PSDB anunciou que tem preferência por uma candidatura própria na sucessão estadual do próximo ano.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna