O senador Osmar Dias (PDT), fez ontem, em Curitiba, seu anúncio oficial como candidato ao governo do Paraná. Acompanhado de seu vice, Rodrigo Rocha Loures (PMDB), dos candidatos a senador de sua chapa, Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT), e dos dirigentes dos sete partidos que formam a aliança, Osmar disse que, depois de um processo dolorido, é candidato, pela coerência, pelo projeto nacional e de Estado e “para dar ao Paraná uma alternativa”.

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Apenas o governador Orlando Pessuti (PMDB), que abriu mão da candidatura à reeleição, não apareceu na coletiva. “É mais coerente colocar meu nome na disputa e esperar o julgamento da população, que abdicar em nome de um acordo branco. Não seria possível que um estado com 7, 5 milhões de eleitores não tivesse o direito de escolha”, disse Osmar Dias, que confirmou que só aceitou a candidatura após a notícia de que seu irmão, Alvaro Dias (PSDB), não seria mais o vice de José Serra (PSDB) nas eleições presidenciais.

“Andei durante um ano e meio por todo o Estado, construindo nosso projeto. Mas fiquei numa situação que todos conhecem, com a possibilidade real de o Alvaro ser vice do Serra. Sempre disse que não haveria disputa entre irmãos. Não acredito que ele foi indicado apenas para resolver a questão do Paraná. Só fiquei à vontade para lançar minha candidatura no último momento, quando foi esgotada essa possibilidade”, disse, revelando que espera apoio do Alvaro a sua candidatura. “Decidi pela candidatura no momento que recebi um telefonema do Alvaro informando que ele não seria mais vice. Temos uma relação de muito afeto e é claro que ele estará do meu lado”, afirmou o senador.

Reconhecendo que quase desistiu da candidatura porque não via possibilidade de montar uma aliança com estrutura política, Osmar cumprimentou o governador Orlando Pessuti pelo “gesto de generosidade e grandeza” que permitiu o diálogo com o PMDB e a construção do que classificou como “a coligação mais forte que já se construiu neste estado”.

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Osmar citou, ainda, doze pontos centrais que estarão em seu plano de governo, como educação integral, manutenção dos programas sociais do governo federal e estadual, defesa das empresas públicas e compromissos honrados.

“E esse eu vou repetir: diálogo e compromissos honrados”, disse, em alusão ao compromisso que diz não ter sido cumprido pelo PSDB após ele ter apoiado a reeleição de Beto Richa na prefeitura de Curitiba.

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Apesar da aliança histórica com o PSDB no Paraná, Osmar lembrou que é líder do PDT no Senado, que seu partido está na base do governo Lula e fechado com a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República. “E que o caminho natural e coerente é ser candidato por essa aliança”.