Eleições

Osmar Dias e Beto Richa disputam prefeitos

Apontados como cabos eleitorais quase infalíveis, os 399 prefeitos do Paraná estão sendo disputados pelas campanhas dos candidatos ao governo, Beto Richa (PSDB), Osmar Dias (PDT). Nas contas feitas pela reportagem de O Estado, Osmar Dias está numericamente em vantagem já que, na soma dos seis partidos que integram sua coligação, o total de prefeitos chega a 230. Na coligação de Beto Richa, os catorze partidos representam 153 prefeituras paranaenses. Porém, quando o critério é o número de eleitores administrados pelos aliados, a situação entre Osmar e Beto se equilibra. Nos vinte maiores colégios eleitorais do Estado, Beto é que assume a dianteira. Seus aliados administram cidades que reúnem 2,1 milhões de eleitores, enquanto que 1,5 milhão de eleitores está na jurisdição dos prefeitos que apóiam Osmar.

Beto tem o apoio de prefeitos de sete das vinte maiores cidades do Estado. O trunfo do tucano está em Curitiba com seus 1,3 milhões de eleitores, complementados por Maringá (248,5 mil), Ponta Grossa (219,8 mil), Guarapuava (116, 9 mil), Araucária (86.002), Toledo (85,8 mil), e Cambe (69,6 mil). Já Osmar Dias soma pontos em Londrina (352,7 mil), Cascavel (193,9 mil), Foz do Iguaçu (183,9 mil), São José dos Pinhais ( 162,9 mil), Colombo (133,3 mil), Paranaguá (98,008 mil), Pinhais (82,9 mil), Campo Largo (77,2 mil), Arapongas (76,1 mil), Umuarama (74,2 mil), Cambe (69,6 mil), Campo Mourão (63, 3 mil) e Paranavaí (60,2 mil).

Deserções

O número total de aliados de cada um dos dois candidatos é uma conta difícil de fazer e que nem sempre bate. Isto porque há deserções nas duas trincheiras. Em São José dos Pinhais, o prefeito Ivan Rodrigues é do PTB, partido que integra a coligação de Beto Richa, mas está na lista dos aliados de Osmar Dias. Assim como o prefeito de Tijucas do Sul, José Altair Moreira. Ele é do PP, que integra a aliança de Beto Richa, mas também está contabilizado como aliado de Osmar Dias. Já o prefeito de Almirante Tamandaré, Wilson Goinski, é do PMDB, que está coligado com o PDT, mas manifestou apoio ao candidato tucano ao governo. O prefeito de Castro, Moacir Fadel, também do PMDB já manifestou que está ao lado do ex-prefeito de Curitiba antes mesmo de a campanha começar, apresentando na convenção do partido, tese, apoiada por alguns deputados peemedebistas, de coligação com Beto Richa.

Como esta é a primeira eleição estadual após a Resolução sobre a fidelidade partidária, as deserções podem ser punidas pelas direções estaduais, ou até nacionais, dos partidos. O presidente em exercício do PPS do Paraná, Marcos Isfer, já declarou que o partido será rígido em relação à fidelidade partidária em 2010. Ele afirmou que os diretórios municipais do partido no Paraná serão destituídos caso os dirigentes não respeitem a orientação do PPS, de apoio a Beto Richa. “No PPS não existe meio apoio. Neste assunto somos radicais e não abrimos mão. É por isso que o PPS é um partido diferente, sério. As denúncias serão encaminhadas para a Comissão de Ética. A prática da infidelidade pode custar mandatos ou resultar em expulsão do partido”, alertou.

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