Osmar Dias apóia crédito ao cooperativismo

Foto: Daniel Derevecki

Osmar Dias: ?O projeto quebra uma espécie de monopólio?.

Brasília – O senador Osmar Dias (PDT-PR) apresentou na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado relatório favorável ao projeto de lei que permite o acesso dos bancos cooperativos aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador ( FAT). Segundo o senador, a proposta da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), corrige uma injustiça já que atualmente os produtores cooperativados, proprietários de uma instituição financeira, são obrigados a buscar empréstimos exclusivamente em bancos oficiais.

?O projeto quebra uma espécie de monopólio que os bancos oficiais federais detêm no manejo dos recursos do FAT. Não há o menor sentido no fato de os cooperativados terem de buscar o seu dinheiro exclusivamente no Banco do Brasil ou em outro banco público. Não mais há espaço para reserva de mercado, ainda mais se essa prerrogativa deixa de traduzir-se em benefício ao cliente ?, analisa.

Além disso, salienta Osmar Dias, a medida pode contribuir para viabilizar um caminho para a redução do custo de subvenção do governo federal com o crédito rural, pois, sem a presença de intermediários, tem-se a expectativa de uma redução no spread de equalização nas operações de investimento, comercialização e custeio agropecuário, realizadas pelos bancos cooperativos.

Segundo o senador, os bancos cooperativos brasileiros, criados a partir de 1995, são instituições financeiras privadas que têm por acionistas cooperativas de crédito e cujo controle é exercido pelas centrais dessas cooperativas.

?As cooperativas de crédito são propriedade de trabalhadores de diferentes categorias econômicas, da cidade e do campo. Atualmente, existem no Brasil cerca de 1.400 cooperativas de crédito, das quais 500 são de crédito rural. Seus associados são, em sua grande maioria (95%), micros e pequenos produtores. As cooperativas de crédito são um exemplo raro de eficiência no sistema financeiro nacional. Nenhum outro segmento do sistema financeiro privado está tão voltado para o setor produtivo, pratica taxas de juros tão baixas e gera tais benefícios sociais?, explica.

Outro fator favorável, segundo Osmar Dias, é a proximidade dos bancos cooperativos com o mutuário e com a realidade produtiva. ?É de se esperar que os bancos cooperativos possam contribuir para que o sistema de financiamento se torne mais eficiente, sobretudo, com a prática de uma análise mais realista do grau de risco dos tomadores?, afirma.

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