Os números da pesquisa CNT/Sensus, que deram 18 pontos de vantagem para Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial, serviram de alento para o candidato do PDT ao governo do Paraná, Osmar Dias.
O pedetista acredita que, com Dilma abrindo vantagem, o presidente Lula poderá dedicar-se mais às campanhas estaduais, vindo mais vezes ao Paraná para tentar ajudá-lo a virar a disputa contra Beto Richa (PSDB). Osmar confirmou que Lula estará no Paraná no dia 2 de setembro para agenda política em Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina.
Fábio Alexandre |
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Osmar Dias: agora é nossa vez. |
“O presidente Lula disse que a questão da Dilma está praticamente resolvida. Ela está quase que assegurada como presidente do Brasil. Mas ele disse que tem ainda três estados que quer pegar como ponto de honra: Minas Gerais, Rio de Janeiro e o nosso Paraná”, disse Osmar. No Rio e em Minas, Lula terá a missão de manter a liderança de seus candidatos: Sérgio Cabral (PMDB) e Hélio Costa (PMDB). Já no Paraná, com Osmar, o presidente terá de buscar uma virada.
“O Lula vem para nos apoiar com muita força e eu estou muito confiante com o apoio do Lula e desta gente toda que está se somando a nossa campanha”, declarou.Colar em Lula e Dilma é a arma da vez de Osmar Dias para tirar os 13 pontos de desvantagem em relação ao Tucano, segundo última pesquisa Datafolha. Estratégia que já vem sendo utilizada no programa eleitoral do pedetista.
Na inserção de segunda-feira à noite da televisão, Osmar iniciou seu programa com imagens do comício de Lula em Curitiba, no último dia 31 de julho. Também no programa, em que falou sobre o combate às drogas, Osmar disse que o trabalho começará pelo governo federal e que ele tem a garantia da Dilma, “futura presidente do Brasil’, de que a questão da droga será tratada com toda a determinação.
O coordenador da campanha de Osmar, ex-governador Mário Pereira (PDT) confirmou que a vinculação do senador a Lula e Dilma, “sem deixar de lado as qualidades e características de Osmar”, será constante nos últimos 40 dias de campanha.
“O Paraná é o Estado que mais tem resistido ao crescimento da Dilma, mas, agora, ela começa a crescer aqui também e caminha para a virada. E esse crescimento vai ser refletido no crescimento do Osmar. O Paraná nunca elegeu um governador contrário ao governo federal, mas o eleitor do Estado ainda não fez essa ligação. Muitos ainda não sabem que Dilma e Lula são Osmar”, disse.
O presidente estadual do PT, Ênio Verri, também confirmou que, sem descuidar da campanha de Dilma, Lula deverá vir mais vezes ao Paraná. “Ele já tinha esse compromisso e vai voltar aqui quantas vezes for necessário. Osmar não conseguiu crescer no mesmo ritmo que Dilma, mas nossa campanha aqui ainda estava se ajustando. Agora vamos para as ruas, e com a presença do Lula, que soma muito”, disse. Apesar de o Sul ser a única região em que Serra ainda vence Dilma, Verri acredita que a vinculação das candidaturas pode ajudar Dilma e Osmar a crescerem no Paraná. “Dilma já tem mais intenções de voto que o Lula no Sul”, comentou.